Jesus e o Jovem Rico: Uma Perspectiva Cristã Sobre Bens Materiais Parte II - Perspectiva no Antigo Testamento- Marcos 10:17-27

Serie de Sermões em Marcos Titulo: Jesus e o Jovem Rico: Uma Perspectiva Cristã Sobre Bens Materiais Parte II - Perspectiva no Antigo Testamento- Marcos 10:17-27 Pregado na manhã de Domingo, do dia 10 de abril de 2011, na igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria, por Gustavo Barros

 

Marcos 10:17-27 17Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção, pôs-se de joelhos diante dele e lhe perguntou: "Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna? "18 Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.19 Você conhece os mandamentos: ‘não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe’".20E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência".21Jesus olhou para ele e o amou. "Falta-lhe uma coisa", disse ele. "Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me".22Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.23Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: "Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! "24Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus".26Os discípulos ficaram perplexos, e perguntavam uns aos outros: "Neste caso, quem pode ser salvo? "27Jesus olhou para eles e respondeu: "Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus".

Introdução e Contextualização:

Quanto valor tem o Reino de Deus na sua vida?

Apesar de muitas pessoas responderem que o Reino de Deus é o que há de mais valioso, os números mostram que não é bem assim!

Alguém uma vez disse, “Examine o extrato bancário e você verá onde está o coração dessa pessoa!”. Os gastos, onde a pessoa investe e gasta refletem muito onde está o coração dessa pessoa. Jesus disse em Mateus 6:21 que “onde estiver seu tesouro, aí também estará o seu coração”.

Se, muito de como você gasta seu dinheiro reflete onde está coração, consequentemente isso reflete onde está seu tesouro. O seu tesouro está no Céu ou na terra?

Para o que você dá valor você gasta e investe:

Por exemplo: alguém valoriza corrida – investe em um par de tênis bom, roupas boas etc.

A pessoa que dá valor a carros antigos – compra revistas, carros antigos, peças...

Dá valor a filmes – compra os melhores aparelhos de som, TV, DVDs...

Informática – sempre comprando revistas, peças, novos computadores...

Família – gasta com as melhores escolas, casa e apartamentos em condomínios fechados, carro bom... E assim por diante: roupas, perfumes, sapatos...

Você dá valor às coisas de Deus? O seu tesouro e o seu coração estão nas coisas do Senhor?

Eu sei que o tempo que você gasta reflete muito o que você prioriza – muito tempo na TV = prioridade TV; muito tempo gasto com futebol = sua prioridade é futebol...

Mas além do tempo, como vimos, os gastos financeiros refletem suas prioridades. Você demonstra se você tem o Senhor, a Igreja, o Reino de Deus, missões, caridade para com os irmãos como prioridades na sua vida com o quanto você investe financeiramente e materialmente.

Divisão do Estudo:

I – o contexto (vs.17-22)

ii – as radicais declarações de jesus (vs.23-25)

III – a perplexidade dos discípulos (v.26)

IV – perspectiva no a.t. sobre RIQUEZAS

I – o contexto (v.17-22)

Como vimos na minsitração passada esse foi um dos encontros mais trágicos entre uma pessoa que buscava a vida eterna com Jesus.

Vimos que:

1 – Esse homem era JOVEM (Mt. 19:22), GOVERNANTE DE UMA SINAGOGA (Lc. 18:18) e RICO (Mc. 10:22) – ele tinha alcançado tudo o que um judeu ansiava [status, poder, respeito] – ainda jovem.

2 – Mas apesar de todo esse poder e status ele sabia que faltava algo em seu coração – por isso ele se aproxima de Jesus com toda reverência, respeito, humildade [corre; se prostra; chama Jesus de ‘bom mestre’] – ele via em Jesus um rabino diferente dos outros.

3 – Jesus responde a pergunta sobre salvação de uma forma bem diferente do que vemos hoje: Ele confronta o conceito errado de ‘bondade’ desse homem: esse homem acha bom o suficiente para fazer algo bom para ter a vida eterna. Ele achava que tinha habilidade para fazer algo que tivesse a vida a vida eterna [Jo 6:44]. Por isso Jesus leva esse jovem à Lei! Deus só é bom e Ele revelou sua bondade na Lei – então, a Lei é BOA [Sl 19:7 - A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes; Rom 7:12 - De fato a lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom.], pois revela quão pecador nós somos [Rom 7:7 - Que diremos então? A lei é pecado? De maneira nenhuma! De fato, eu não saberia o que é pecado, a não ser por meio da lei. Pois, na realidade, eu não saberia o que é cobiça, se a lei não dissesse: "Não cobiçarás".];A Lei nos Leva a Cristo [Gal 3:23-24 - Antes que viesse esta fé, estávamos sob a custódia da lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada. Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé].

4 – Mas esse jovem rico usa a Lei para mostrar sua própria bondade (v.20) – ele usa a Lei de forma errada. A Lei é boa se usada da maneira certa (I Tim 1:8) – mas ele a usa de maneira perversa.

5 – Então Jesus, cheio de amor, mas sem superficialidade confronta o pecado desse homem (v.21). Jesus não abaixou o padrão de Deus. Ele ordena que o homem rico se desfaça de todos os bens [se livre de toda idolatria, se arrependa] e só então ele poderá seguir a Jesus = vida eterna! Essa sempre foi a maneira que Jesus chamou as pessoas para o discipulado – negue-se a si mesmo e só depois você pode segui-Lo e ter a vida eterna!

Vida eterna =Seguir a Jesus – seguir a Jesus não é algo que você adiciona a sua vida. Para seguir a Jesus você precisa destruir sua vida, negar suas vontades.

6 – O homem fica visivelmente triste e abatido e segue na estrada do caminho ao inferno com todos os bens e dinheiro. Jesus não corre atrás dele!

O versículo 22 termina com a seguinte razão do fracasso do homem em seguir a Jesus: POIS ELE TINHA MUITAS RIQUEZAS

II – as RADICAis DECLARAÇões de jesus (vs.23-25)

23Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: "Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! "24Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus".

** Devemos lembrar que essa história serve para todos nós, todos nós somos ricos e temos muitas riquezas!!! Não se esquive!

V.23 - Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: "Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!"-

Jesus não espera o protesto dos discípulos com a ‘intransigente’ demanda para com o candidato favorito a discipulado e já articula mais uma ‘bomba’ que é lançada para os discípulos. “Antes de vocês ficarem frustrados – segue mais uma!”

“JESUS OLHOU AO REDOR” – Ele sabe quão escandaloso foi seu ensino e Jesus olhava para as pessoas para que elas sentissem o peso da verdade saída de seus lábios (3:5,34).

Jesus aproveita a situação para ensinar algo muito importante sobre: RIQUEZA/BENS MATERIAIS E SALVAÇÃO.

O CONCEITO SOBRE BENS MATERIAIS E DINHEIRO ESTAVA ERRADO, POR ISSO JESUS MAIS UMA VEZ CONFRONTA O SISTEMA DO MUNDO COM O SISTEMA DO REINO DE DEUS!

“Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: ‘Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!’”

** Ao invés de ser uma recompensa Jesus proclama que a abundância de bens materiais, o dinheiro são um empecilho para entrar na vida eterna! Isso ia totalmente contrário aos ensinos rabínicos sobre riqueza.

Eles sempre pensaram que quanto mais bens e mais riqueza, mais segura estava a salvação!

Jesus diz “quão DIFÍCIL aos ricos” - δυσκόλως – difícil ou com muito desconforto.

“aos RICOS” -- χρήματα ἔχοντες – pessoas que têm coisas para usar, dinheiro, bens.

Todos nós aqui temos dinheiro, bens [casa, apartamento, carro], sapatos, calças, ternos, abundância de comida – por isso todos nós estamos dentro dessa categoria.

Jesus declara abertamente e claramente que é muito difícil para quem tem dinheiro entrar na vida eterna = ser um discípulo verdadeiro.

Por quê? a) Falsa segurança; b) Não tem necessidades; c) Não há desespero; d) Não há humildade – não precisa de ninguém; c) São ‘felizes’; d) O coração tem os bens como maior tesouro.

É bom você parar e analisar sua vida. Eu tenho dado frutos que mostram que meu tesouro está no céu?

Vs. 24-25 -24 Os discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". -

Jesus vai ainda mais longe e passa da dificuldade para a impossibilidade!

V.24 – “os discípulos ficaram admirados com essas palavras” – Eu realmente não entendo como que as pessoas aceitem a teologia da prosperidade, pois é muito claro que quanto mais bens você tem mais difícil é para entrar no Reino de Deus.

Essa declaração chocou os discípulos. Eles ficaram θαμβέω – espantados, chocados.

Apesar do choque, apesar do espanto Jesus não tenta amenizar! Ele não tenta explicar e facilitar – pelo contrário – Jesus eleva o padrão ainda mais alto!

V.25 – “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”

Jesus usa uma técnica de ensino já usada (2:9) – Argumento parecido com o Fortiori (usado na cura da paralítico) no qual se o primeiro o evento já é impossível, o segundo é ainda mais impossível.

Jesus usa o maior animal da Palestina e o menor buraco para mostrar a impossibilidade de o rico entrar no Reino de Deus. Já havia ditados semelhantes com o uso de elefantes.

Iii – a perplexidade dos discípulos (v.26)

26Os discípulos ficaram perplexos, e perguntavam uns aos outros: "Neste caso, quem pode ser salvo?

“O aumento de δυσκόλως (dificuldade) para impossibilidade é igualado pelo aumento correspondente entre do espanto dos discípulos para a perplexidade deles agora. Em uma cultura onde riqueza era um sinal de benção de Deus, se o rico não pode ser salvo, quem pode então?” (France, R.T., The New International Greek Testament Commentary [Eerdmans] 405).

O espanto deles é imenso, pois eles sempre entenderam que riqueza e benção material era sinal de aprovação e salvação!

Mas não é isso o que o Antigo Testamento nos ensina?

O Antigo Testamento não ensina que há prosperidade material para quem é obediente à Lei e como consequência salvação?

Iv – perspectiva no antigo testamento sobre riqueza

Vamos passear pelo Antigo Testamento para ver qual é a perspectiva bíblica sobre riqueza na Antiga Aliança.

É importante antes de tudo lembrar que o Antigo Testamento apesar de ser totalmente prático e totalmente útil para nosso ensino (II Tim 3:15-17; I Cor 10:11) – ele precisa ser interpretado sempre pela nossa lente:JESUS! Toda passagem deve ser filtrada por Aquele que cumpriu todas as passagens: Jesus (Mt. 5:17).

Muito desse estudo foi retirado do livro “Neither Poverty or Riches – a biblical theology of possessions” (IVP) escrito por Craig Blomberg.

Começaremos nosso passeio em Gênesis e iremos passar pelos livros históricos, proféticos e pela literatura da sabedoria:

A - GÊNESIS 1-11 – período pré-patriarcal, criação e queda:

1 – Em Gênesis 1 vemos que Deus criou a matéria como BOA. Deus criou o ouro, a prata e as pedras preciosas como coisas boas! As bênçãos e abundância do Jd. do Éden era para o aproveitamento do homem (Ge 1:4,10,12,18...31).

2 – Deus fez com que o homem trabalhasse – o trabalho é benção! Cuidar da terra é dever nosso. Veja que desde o início o homem podia usufruir dos bens criados por Deus, mas sempre como um mordomo!

3 – Com a Queda (Gen 3) o homem continua com a imago Dei – continua sendo um ser espiritual e racional – e continua tendo que trabalhar – a maldição fala de quão árduo e doloroso ficou para o homem desfrutar das bênçãos de Deus (3:17-19). * Interessante, pois devido a dificuldade de se conseguir as coisas, quando as pessoas conseguem elas se acham donas de tudo! Por isso o rico, alguém que conseguiu muito, terá dificuldade em seguir a Jesus – ele acha que ele merece, pois ele trabalhou tanto para isso!

B - GÊNESIS 12-50 – os patriarcas

Deus continua sua obra de redenção e agora ele chama Abrão (Ge 12:2-3) – essas promessas são repetidas para Isaque e Jacó.

1- Logo em 13:2 vemos quão rico era Abraão – Deus começara abençoar esse homem.

2- A grande promessa era de uma TERRA (física). Por isso quanto mais bens, melhor seria para conquistar uma nova terra.

3- Durante essa jornada dos patriarcas vemos que eles foram ficando cada vez mais ricos (20:14-16; 24:35; 26:13; 30:43; 47:27).

4- Mas esse acúmulo de riqueza DEVE ser entendido no contexto da Aliança Abraâmica. Essa riqueza está totalmente ligada ao plano de Deus em dar lhes uma terra! Hoje não estamos mais sob a Aliança Abraâmica!

Estamos debaixo da Nova Aliança – o livro de Hebreus nos diz que tudo isso era sombra de bens maiores – bens espirituais. Cuidado com a idéia de que toda riqueza é benção de Deus!

5- A GENEROSIDADE DOS PATRIARCAS – Gen 13 relata que Abraão permitiu que Ló escolhesse os melhores campos. Jacó dá bens para seu irmão Esaú mesmo após já terem acertado o relacionamento entre eles (33:11). José era generoso cuidando dos bens do Egito.

6- Toda essa riqueza dada aos patriarcas era parte da aliança de Deus com eles – um povo específico em uma terra específica!

C – EXÔDO – libertação do Egito

Após se tornarem escravos em Egito – o Senhor levanta Moisés para liberar o povo da escravidão.

A libertação é holística – física e espiritualmente!

* O que acontece não é uma teologia da libertação – as pessoas não ficam e se revoltam – elas saem!

1 – Ex. 13 introduz a consagração dos primogênitos – uma tradição, que continuará, de dar aquilo que é mais valioso como oferta ao Senhor. Você não fica e faz o que quiser com o que o Senhor te dá!

2 – Eles saem do Egito com uma certa medida de riqueza (11;2-3; 12:35-36) – mas muito dessa riqueza será usada na construção do Tabernáculo. ** São esses preciosos metais que os levam a construir ídolos e serem infiéis a Deus (32:1-6).

3 – Durante a jornada pelo deserto Deus instituiu um método que preveniria eles de acumularem muito: Método Maná!

16:18-20 = Deus providenciava diariamente o sustento para eles.

16:21 = requeria o trabalho deles de acordar cedo e colher o maná – ao mesmo tempo que dependiam do Senhor. TRABALHO E DEPENDÊNCIA!

16:22-30 = Deus provia mais na sexta para que eles respeitassem o sábado! Mesmo assim já havia aqueles que queriam mais e tentavam buscar no sábado (idolatria) vs.27-30.

4 – Apesar do Método Maná ter sido temporário (quando eles entraram em Canaã esse método cessou) – Jesus e o apóstolo Paulo viram nesse modo de providência divina um forte princípio para ser aplicado na vida dos cristãos [Mateus 6:34 – ‘nosso pão diário’; II Co 8:15 – o rico deve compartilhar com os mais pobres].

D – DO SINAI PARA CANAÃ – A LEI MOSAICA

É a Lei Mosaica que formará toda a estrutura civil e religiosa de Israel até a chegada de Jesus! Ela é a Carta Régia da nação de Israel!

Toda a Lei é cumprida em Jesus (Mt 5:17; Gl 6:2; Cl 2;17; Heb 8) – mas todo mandamento reflete algum princípio muito prático para a nossa vida!

I – Proprietário de Bens:

A – Todos deveriam receber algum pedaço de terra [Num 26:52-56] – famílias maiores recebiam terras maiores (Num 26:54; Jos 13-19).

B – No meio de tudo isso – as pessoas recebendo propriedades e bens – Deus sempre os lembrava que Ele era o dono de tudo e estava apenas emprestando – Lv 25:23 - A terra não poderá ser vendida definitivamente, porque ela é minha, e vocês são apenas estrangeiros e imigrantes.

C – O Senhor Deus sempre se preocupou que cada família tivesse seu próprio bem – por isso Ele deu leis contra roubo, cobiça (Ex 20:15,17), aumento de terra de forma imprópria (Dt.19:14), direitos de herança (Dt 21:15-17). Diferente de socialismo e comunismo - o sistema de Deus permite e auxilia as pessoas a terem seus próprios bens – mas sempre cuidando do próximo!

“Nesse tipo de sociedade a propriedade privada nunca é usada para oprimir o vizinho, ou como no caso da ordem capitalista da sociedade, como meio de ter mais e mais propriedades. Ao invés é usado generosamente para receber visitas e ajudar o pobre” (Blomber, pg.41).

II – MÉTODOS DE SEGURANÇA

Leis contra Juros em Empréstimos entre as pessoas da mesma nação (Ex 22:25-27; Lv 25:35-37) – para não destruir o irmão! Mas sem problema com pessoas de outras nações (Dt 23:20).

Se cristãos hoje devem agir assim, é muito debatido devido a globalização do mundo – mas um princípio fica bem claro: Não machucar o pobre! Os juros jamais podem machucar a pessoa que tomou emprestado. ** Que contraste com os dias de hoje – onde pobre é cobrado juros cada vez mais altos!

III – SÁBADO E ANO SABÁTICO – [JUBILEU]

Um dia da semana, sábado, os judeus não deveriam fazer trabalho algum. Assim também um em cada sete anos era para ser o ano de descanso, e após 49 anos os judeus deveriam ter o ano do jubileu.

** Claramente essas instituições:

a) Limitavam a quantidade de posse material que alguém podia acumular.

b) Permitia que o pobre colhesse nesses dias (Ex 23:12).

c) Tentava evitar a idolatria – pessoa precisava descansar e lembrar do Senhor.

d) Permitia que o homem descansasse.

* Que contraste com nossa sociedade – onde o homem trabalha 7 dias por semana, não descansa, só pensa nele mesmo, não se importa com os outros e nem se lembra do Senhor!

O ideal era que não houvesse pessoas pobres [Dt 15:4 - Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês, pois na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes está dando como herança para que dela tomem posse, ele os abençoará ricamente,], mas o Senhor sabia da realidade e da dureza dos corações, Ele sabia que haveria pobres [15:7 - Se houver algum israelita pobre em qualquer das cidades da terra que o Senhor, o seu Deus, lhe está dando, não endureçam o coração, nem fechem a mão para com o seu irmão pobre.] – visto que era condicional (vs.5-6) - e já que Israel jamais obedeceria completamente os mandamentos de Deus sempre iria ter pobres no meio deles [15:11- Sempre haverá pobres na terra.].

Mas ao invés de usar isso como desculpa (‘sempre haverá pobres’) – o Senhor ordena que eles cuidem dos pobres [v.11 - Portanto, eu lhe ordeno que abra o coração para o seu irmão israelita, tanto para o pobre como para o necessitado de sua terra.]!

* Ano do Jubileu acredita-se que nunca foi celebrado – apenas quando a nação foi para o exílio babilônico! Mas apesar de nunca ter sido obedecido – ele sempre foi da vontade de Deus.

Jesus usou o Ano do Jubileu para expressar seu ministério (Lc 4:16-21).

IV – DÍZIMOS, OFERTAS E TAXAS

* Lev 27:30-33 – Demanda o dizimo de toda produção de uma terra e de todo rebanhos. Esses dízimos deviam para ser entregues aos levitas (Nm 18:21) – que não tinham outra fonte de recebimento. Os levitas dizimavam para os sacerdotes (18:26-28).

* A cada 3 anos eles deveriam levar todo o dízimo para os celeiros/depósitos locais – para que houvesse comida não só para os sacerdotes, mas para os pobres, viúvas, órfãos e estrangeiros (Dt.14:29).

* Adicionando todos os dízimos de Israel – acredita-se que eles davam um dízimo de mais de 23.3%.

*Havia também um dízimo que o israelita podia gastar celebrando uma festa – lembrando-os que Deus fez os bens para serem aproveitados com alegria e sem asceticismo!

*Havia uma taxa que todos deviam pagar igualmente – independente de ser pobre ou rico (Ex 30:15-16 – oferta de propiciação usada no templo).

· O melhor era ofertado a Deus.

· Deus se preocupa com sustento dos ministros.

· Deus se importa com justiça e sustento ao pobre.

· Na aliança mosaica há promessa de prosperidade material para aqueles que são obedientes – mas a benção material deveria ser usado na adoração a Deus!

E – NA TERRA PROMETIDA, PERÍODO DA MONARQUIA E OS PROFETAS:

Quando eles entraram na Terra Prometida já dentro de uma nova aliança – Aliança Mosaica, na qual havia promessas de bênçãos materiais se as pessoas fossem fieis à Lei (Lv 26:3-5, 9-10; Dt 11:26-32).

Na Terra Prometida havia abundância de bens materiais – como Deus havia prometido (Ex. 3:8) – e não mais a Economia do Maná.

Mas tão logo começou a conquista o povo já caiu em cobiça por mais riquezas (Acã – Jos 7).

JUÍZES:

Durante o reinado dos juízes os líderes e o povo passaram a maior parte do tempo em desobediência fazendo o que era bom para eles mesmos (Jz 21:25). Veja como termina a era dos juízes “Quando envelheceu, Samuel nomeou seus filhos como líderes de Israel. Seu filho mais velho chamava-se Joel, o segundo, Abias. Eles eram líderes em Berseba. Mas os filhos dele não andaram em seus caminhos. Eles se tornaram gananciosos, aceitaram suborno e perverteram a justiça.” (I Sam 8:1-3)

Então o povo clama por um rei como os dos povos vizinhos (I Sam 8:5) – eles não querem mais Deus como Senhor sobre a nação.

MONARQUIA:

Com a instituição de Israel como uma monarquia muita mudança social ocorreu naquela nação.

· Muita riqueza foi acumulada nesse tempo – principalmente sob o governo de Davi e Salomão.

· Muita dessa riqueza se deu devido à Aliança na qual eles estavam.

· Muito da riqueza era para o uso da construção e manutenção do Templo e todo o sistema de sacrifícios --- no qual Jesus cumpriu e superou (Heb 4:14-5:10; 7:1-10:18). A construção de um templo magnífico não é mais transferida para a adoração na Nova Aliança.

Salomão não pediu dinheiro, ma sabedoria. Mas mesmo assim ele se tornou muito rico, pois Deus já havia prometido isso – toda essa riqueza atraiu muitas nações que trouxeram mulheres infiéis e deuses.

* Vemos claramente que as riquezas corromperam os reis de Israel.

Salomão e seu filho Roboão castigaram os israelitas com impostos pesados, para conseguirem mais dinheiro (II Cro 10:3-11). Jerobão usou o ouro para construir bezerros de ouro. Acabe, Jeosafá e tantos outros foram corrompidos pelas riquezas. Cumprindo assim a profecia de Samuel (I Sam 8:11-18).

* A mudança de uma sociedade agrária para urbana fez com que Israel se assemelhasse muito com os povos vizinhos: maior concentração de riqueza nas mãos de poucos, diferenças sociais mais drásticas e maior desprezo pelos pobres.

** Como conseqüência de toda idolatria, abandono das ordenanças do Senhor e desprezo pela Lei – tanto o Reino do Norte como o do Sul foi destruído e levado cativo!

OS PROFETAS:

Durante todo esse tempo de cobiça por mais riqueza, idolatria e desprezo pela Lei do Senhor, Deus levantou profetas que confrontaram esses pecados.

A mensagem dos profetas tem aplicações muito práticas em nossos dias!

Com o crescimento da urbanização o desenvolvimento de distinções de classes sociais e a luxúria das classes mais altas desprezando e abusando os pobres se tornaram mais evidentes.

Por isso Deus condena esse estilo de vida – não só os israelitas:

Isaias 14 e Ezequiel 26-28 – O Senhor promete a queda do rei de Tiro. Por quê? Devido ao orgulho e a confiança nos bens materiais – ele oprimiu povos para conquistar mais riquezas!

Isa 2:7-8 – Isaias condena a idolatria dos bens materiais – as pessoas trabalhavam e trabalhavam para terem mais e mais e assim adoravam as coisas que possuíam – “Sua terra está cheia de prata e ouro; seus tesouros são incontáveis. Sua terra está cheia de cavalos; seus carros não têm fim. Sua terra está cheia de ídolos. Eles se inclinam diante da obra das suas mãos, diante do que os seus dedos fizeram.”.

Oséias 2:8 – as pessoas achavam que elas mesmas eram responsáveis pela prosperidade, ignorando Deus – “Ela não reconheceu que fui eu quem lhe deu o trigo, o vinho e o azeite, quem a cobriu de ouro e de prata, que eles usaram para Baal.”. Enquanto você não reconhecer que o Senhor é dono de tudo e que você é mordomo – você sempre terá dificuldade em ser generoso!

Amós 5:11-12 – Vocês pisam no pobre e o forçam a dar-lhes o trigo. Por isso, embora vocês tenham construído mansões de pedra, nelas não morarão; embora tenham plantado vinhas verdejantes, não beberão do seu vinho.

Amós 4:1 – Ouçam esta palavra, vocês, vacas de Basã que estão no monte de Samaria, vocês, que oprimem os pobres e esmagam os necessitados e dizem aos senhores deles: "Tragam bebidas e vamos beber! "

Amós 6:4-6 – 3Vocês acham que estão afastando o dia mau mas na verdade estão atraindo o reinado do terror. Vocês se deitam em camas de marfim e se espreguiçam em seus sofás. Comem os melhores cordeiros e os novilhos mais gordos. Dedilham em suas liras como Davi e improvisam em instrumentos musicais. Vocês bebem vinho em grandes taças e se ungem com os mais finos óleos, mas não se entristecem com a ruína de José. Por isso vocês estarão entre os primeiros a ir para o exílio; cessarão os banquetes dos que vivem no ócio.

Zacarias 11:5 – riqueza não é prova de que Deus aprova seu estilo de vida – às vezes é modo de aumentar ainda mais a rigorosidade da condenação – porque os seus compradores o matam e ninguém os castiga. Aqueles que o vendem dizem: ‘Bendito seja Deus, estou rico! ’ Nem os próprios pastores poupam o rebanho. Por isso, não pouparei mais os habitantes desta terra", diz o Senhor. "Entregarei cada um ao seu próximo e a seu rei. Eles acabarão com a terra e eu não livrarei ninguém das suas mãos".

Jeremias 9:23-24 - Assim diz o Senhor: "Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado", declara o Senhor.

LIVRO DE RUTE:

Dentro dos livros históricos nós temos uma maravilhosa e exemplar história sobre um homem, Boaz, que era rico, cheio de bens - mas completamente generoso! Ele ajudava os pobres e ajuda Rute e Noemi!

Apesar de toda perversidade ainda havia pessoas generosas e preocupadas em gastar seus bens como Deus havia ordenado!

F - PÓS EXÍLIO:

Após o retorno do exílio babilônico os judeus constroem um templo em menor escala do que o de Salomão. Neemias e Esdras priorizam a Lei – se importam com os pobres, com os pobres e com os impostos.

Mas mesmo assim o Antigo Testamento termina com o povo voltando ao desprezo pela Lei do Senhor e no tópico de riqueza eles voltam a ser infiéis (Zacarias 11:5; Malaquias 3:8-10 – Deus diz que eles estavam O roubando).

G – LIVROS POÉTICOS:

JÓ – sempre usado como exemplo de quem o Senhor ama Ele abençoa materialmente. Mas o amor do Senhor por Jó fez com que ele perdesse tudo.

Sobre JÓ é importante mostrar que:

· Ele sempre foi generoso e cuidadoso (29:12-17; 31:16-23).

· Ele nunca se apoiou nas riquezas (31:24-28).

· Deus restituiu Jó, pois Ele é misericordioso e sabia que Jô continuaria sendo generoso!

· Jó demonstra toda sua falta de apegação aos bens materiais em 1:21.

SALMOS, PROVÉRBIOS e ECLESIASTES:

Na literatura poética e da sabedoria é importante lembrar que algumas das afirmações não são promessas, mas generalizações (na maioria das vezes é assim que funciona) – Deus não é um robô que age automaticamente.

ECLESIASTES:

É um livro muito interessante e prático quando interpretado de forma correta. O autor mostra claramente que tudo é vaidade (vapor) quando não tem uma perspectiva eterna.

* O professor diz, ‘não confie em suas riquezas e bens materiais’:

5:8-17 – v15 O homem sai nu do ventre de sua mãe, e como vem, assim vai. De todo o trabalho em que se esforçou nada levará consigo.

· você tem todo direito de desfrutar os bens do Senhor, mas para isso é preciso entender que é Ele quem da – Ele é o dono de tudo:

3:13 – Descobri também que poder comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho, é um presente de Deus.

8:15 – Por isso recomendo que se desfrute a vida, porque debaixo do sol não há nada melhor para o homem do que comer, beber e alegrar-se. Sejam esses os seus companheiros no seu duro trabalho durante todos os dias da vida que Deus lhe der debaixo do sol!

Você pode curtir as coisas desde que seja feita no padrão estipulado por Deus!

O dinheiro e os bens não são males em si, mas podem ser tornar grandes obstáculos, por isso o temor do Senhor deve estar acima de qualquer bem.

É assim que termina o livro: Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e guarde os seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem. Pois Deus trará a julgamento tudo o que foi feito, inclusive tudo o que está escondido, seja bom, seja mal. (12:13).

SALMOS:

Em Salmos vemos que o homem justo é recompensado materialmente por Deus (112;128), mas ao mesmo tempo é perseguido e afligido – não vive só na prosperidade!

Mostra também que às vezes a pessoa rica e não temente a Deus continua prosperar (37:16-17). E que justiça verdadeira só ocorrerá na volta de Jesus (49:10-20).

PROVÉRBIOS:

Esse livro tem muito a falar sobre uma conduta sábia para com riqueza e bens materiais. Em Provérbios vemos que:

· O homem que trabalha diligentemente é recompensado materialmente - encoraja a trabalhar! Trabalhar é bom! Deus criou o homem para trabalhar.

Pv 12:11 – Quem trabalha a sua terra terá fartura de alimento, mas quem vai atrás de fantasias não tem juízo.

Pv 6:10-11 – Tirando uma soneca, cochilando um pouco, cruzando um pouco os braços para descansar, a sua pobreza o surpreenderá como um assaltante, e a sua necessidade lhe virá como um homem armado.

· Riqueza é passageira e pode se tornar algo fútil – semelhante com o que Eclesiastes diz:

Pv 23:4-5 - Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu.

· Nem sempre riqueza é sinal de aprovação de Deus:

Pv 16:8 - É melhor ter pouco com retidão do que muito com injustiça.

Pv 15:16-17 - É melhor ter pouco com o temor do Senhor do que grande riqueza com inquietação. É melhor ter verduras na refeição onde há amor do que um boi gordo acompanhado de ódio.

· Há coisas muito mais valiosas que o dinheiro:

Pv 11:4,6 – De nada vale a riqueza no dia da ira divina, mas a retidão livra da morte.

22:1 – A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro.

31:10 - Uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar! É muito mais valiosa que os rubis.

· Os que tem dinheiro e bens devem ser generosos

Pv 3:27-28 - Quanto lhe for possível, não deixe de fazer o bem a quem dele precisa, Não diga ao seu próximo: "Volte amanhã, e eu lhe darei algo", se pode ajudá-lo hoje.

Pv 29:7 - Os justos [não necessariamente os ricos] levam em conta os direitos dos pobres, mas os ímpios nem se importam com isso.

· dever de Usar os bens para honrar ao Senhor!

Pv 3:9-10 - Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações;

CONCLUSÕES FINAIS:

O Antigo Testamento não apóia nenhum sistema de governo atual – não era socialismo, nem anarquismo, nem comunismo [haviam leis que protegiam as terras, quem trabalhava era mais recompensado e quem não trabalhava não recebia o mesmo que a pessoa diligente] e nem capitalismo [havia leis de proteção para a pessoa não ter muito e ficar muito rica – diferente do capitalismo].

O Antigo Testamento faz parte de uma outra aliança – uma aliança bem diferente da qual os cristãos se encontram hoje. “As promessas de prosperidade material estavam diretamente ligadas às promessas de uma terra física e um sistema de adoração no qual havia templo e sacrifícios. Terra e adoração no Novo Testamento são ambas claramente ‘espiritualizadas’, durante a era da igreja. Essas promessas foram cumpridas em Jesus e os cristãos não podem usar essas promessas em um sentido literal e materialístico. João 4:24 claramente nega o papel de um templo e uma terra física. Os sacrifícios somos nós mesmos (Rom 12:1-2), nós somos o templo (I Co 6:19)...” (Blomberg, 82-83).

Mesmo na economia do Antigo Testamento as riquezas não eram o fim de tudo. A abundância era para ser repartida com outras nações e os carentes. O grande número de impostos, dízimos e leis de propriedade serviam para evitar abusos materiais e incentivar a generosidade.

1 – DEUS É DONO DE TODAS AS COISAS – INCLUSIVE DOS SEUS BENS:

Sl 24:1 – Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem;

I Crônicas 29:11 – Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo.

2 – NÓS SOMOS MORDOMOS DAS RIQUEZAS DE DEUS – COMO MORDOMOS SEREMOS AVALIADOS:

Dt 8:11-20 - 17 Não digam, pois, em seu coração: "A minha capacidade e a força das minhas mãos ajuntaram para mim toda esta riqueza". Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados, conforme hoje se vê.

Lv 25:23 - "A terra não poderá ser vendida definitivamente, porque ela é minha, e vocês são apenas estrangeiros e imigrantes.

3 – O SEU DINHEIRO E SEUS BENS MATERIAIS DEVEM SER PARTES DA SUA ADORAÇÃO - GENEROSIDADE:

Prov 3:9 – Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações

Ex. 23:19 - Tragam ao santuário do Senhor seu Deus o melhor dos primeiros frutos [não a sobra ou o que se sobrar] das suas colheitas. "Não cozinhem o cabrito no leite da própria mãe.

4 – DEUS ORDENOU O PRINCIPIO DE OFERTAR O QUE HÁ DE MAIS SAGRADO – você não pode ofertar o que sobra, mas deve tirar a parte mais preciosa para o Senhor.

** eles não podiam chegar certo mês e dizer, “Ah Senhor esse mês eu gastei tudo, por isso estou sem dinheiro e bens para te honrar!”.

5 – Era dever de Israel abençoar os ministros com bens materiais e suporte financeiro:

· Voce nao pode querer usufruir do trabalho e negar o pagamento!

6 – Tudo que temos vem do Senhor e deve ser usado para a glÓria dEle!

Todos esses princípios são claramente aplicados no Novo Testamento e é isso que veremos na próxima ministração.

CONCLUSÃO:

Provérbios 30:7-9 – Duas coisas peço que me dês antes que eu morra:8 Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; Não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário.9 Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: ‘Quem é o Senhor? ’ Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus.

Você consegue orar essa oração? Você tem coragem?

Ao invés de orar a oração de Jabez, use essa oração como padrão, pois foi essa oração que Jesus usou para ensinar seus discípulos em Mateus 6:11.