Quem somos?

I – Quem somos?

Somos uma igreja que, como o próprio nome diz, existe para glorificar a Deus somente. Nosso único interesse é em dar toda a glória ao nosso Senhor Jesus Cristo. Não estamos preocupados em exaltar homens, mas em dar toda honra adoração e todo louvor ao único Deus triúno.

Glorificamos o nosso Senhor através:

1) Da Pregação Expositiva da Palavra de Deus – cremos que só as Escrituras podem santificar e amadurecer a igreja, e converter os pecadores.

2) De um Louvor em que Jesus Cristo é o Centro – não nos preocupamos em agradar ao gosto dos homens, mas em cantar canções nas quais Jesus é Exaltado. Tanto faz se é através de hinos antigos ou música contemporanea.

3) Do Amor e Cuidado (comunhão) entre os irmãos (dentro da igreja) e com os de fora da igreja.

Somos uma igreja:

A) Reformada em Doutrina:

Isso significa que abraçamos as verdades bíblicas restaurada por Deus através dos reformadores durante a Reforma Protestante no século 16. Martinho Lutero, João Calvino, John Huss, William Tyndale e outros homens de Deus arriscaram suas vidas para confrontar a Igreja Católica Romana daquela época com as seguintes afirmações:

1. "Sola Scriptura" – Somente a Bíblia, Escrituras, é à base de autoridade na vida cristã. As tradições da igreja devem seder aos claros ensinos bíblicos.

2. "Solus Christus" – Somente Cristo é o único mediador entre Deus e o homem. A gente não precisa de “sacerdotes” / “papas”, nem de “Maria” e nem dos “santos” para nos achegarmos a Deus.

3. "Sola Gratia" – Somos salvos pela graça de Deus apenas, e nao por coisas boas que fazemos. Salvação é um presente dado por Deus, através de Jesus, que não mereciamos.

4. "Sola Fide" – Somos justificados diante de Deus pela fé apenas e não por boas obras religiosas feitas por nós. As boas obras que nós fazemos na obediência da fé em Cristo, não são para nossa salvação, mas por que Ele nos salvou.

5. "Soli Deo Gloria" – Nossa salvação é para a glória de Deus apenas. Não podemos nos vangloriar em nós mesmos, mas apenas no que Jesus fez por nós.

A Teologia Reformada tem uma grande ênfase na soberania e na graça de Deus. Sendo assim nós nos alegramos na soberana graça de Jesus na nossa salvação. A gente não nega a responsabilidade humana diante de Deus, mas cremos que se a regeneração não proceder à aceitação da mensagem o homem jamais podera aceitar a Deus. “Ele nos salvou” (Tito 3:5). Ele nos escolheu. Ele nos chamou. Ele nos deu a salvação (Ef. 2:1-11). E Ele nos preservará para a glória eterna (Jo. 10:28; Rom. 8:30). A nossa resposta necessária para o inicial ato de Deus em nos salvar é crer na mensagem do evangelho, arrepender dos nossos pecados, receber Jesus como Senhor, obedecer a Palavra de Deus e perseverar na nossa fé até o fim de nossas vidas. Fazemos essas coisas não para obter a salvação, mas por que, pela Sua graça, nós fomos salvos.

Os cinco pontos da “Doutrinas da Graça”:

1) Depravação Total do Homem – Cremos que sem a graciosa iniciativa de Deus nós estamos todos mortos no pecado (Col. 2:13; Ef. 2:1-8). Todo aspecto da nossa natureza, até mesmo nossas vontades, é impotente e depravada. Apesar de sermos livres para fazermos escolhas morais, todas as nossas decisões são determinadas pela nossa natureza pecaminosa, então não podemos fazer o bem pela razão certa. O homem é incapaz de escolher um Deus santo sem a graça divina (Jo. 15:4-5; I Cor. 12:3; At. 16:14; Jo. 6:44, 65).

2) Eleição Graciosa (incondicional)– Todos pecaram, todos merecem a morte eterna. Mas Deus escolheu salvar algumas pessoas que não mereciam salvação para demonstrar a riqueza de Sua glória. Ele nos salvou não por que Ele pre-viu alguma coisa boa que nós iríamos fazer, mas para revelar a profundidade da Sua graça e misericórdia. Aqueles que Deus salva são recipientes de Sua misericórdia. Somos salvos para o louvor do Seu nome e o melhor louvor que podemos oferecê-Lo é reconhecer que Ele nos salvou quando ainda eramos inimigos dEle (Jo. 15:16; At. 13:48; II Tes. 2:13; Ef. 1:4-5; Rom. 8:29-30; 9:6-26).

3) Redenção Particular – Cristo morreu para salvar todos aqueles que Seu Pai os deu antes da fundação do mundo. A aspiração providenciada por Jesus Cristo não tem limites na sua eficácia, mas foi focada pela graça soberana de Deus naquelas pessoas que Deus havia escolhido salvar através dos séculos. Devido a nossa total incapacidade quando ainda no pecado, ninguém poderia se salvar sem a graciosa iniciativa de Deus. Jesus morreu para salvar alguns, não todos, da justa ira que nós todos merecemos. Jesus não morreu apenas para oferecer uma oportunidade para a gente se salvar, mas Ele morreu para comprar a Sua igreja! (Jo. 10:15-26; Ef. 5:25-27; Jo. 6:37-40; Mat.20:28; 22:14)

4) Graça Invencível – O Espírito Santo nos chama de forma eficaz e trazem todos aqueles que Deus escolheu para serem salvos. Ele opera assim através da proclamação do Evangelho. O novo nascimento espiritual (regeneração) nos capacita pela graça de Deus, a responder ao chamado do Evangelho de se arrepender e ter fé em Jesus Cristo (Jo. 1:12-13; 6:37,44; Jo. 10:16).

5) Graciosa Preservação e Perseverança dos Santos – Todos aqueles que Deus escolheu salvar em Cristo irão perseverar até o fim. Deus preservará Sua Igreja até o fim. O cristão, por quem Cristo morreu, irá operar a salvação com temor e tremor, sabendo que o Senhor providencia a graça para viver uma vida de santidade (Rom. 8:28-29, 38-39; Jo. 6:37-39; 10:28-29; Ef. 1:13-14; I Pe. 1:3-5).

B) Carismática nos Dons Espirituais:

Isso significa que cremos que o poder sobrenatural e os dons do Espírito Santo operam na e através da Igreja de Cristo hoje.

Não somos “sensacionalistas” (aqueles que crêem que os dons cessaram após a morte dos discípulos). I Cor. 12:4-13 31

É importante esclarecer que não concordamos com nossos irmãos das denominações carismáticas e pentecostais em vários pontos. Segue uma pequena lista que nos diferencia dessas denominações. Cremos que:

1. Todos os cristãos são “batizados” pelo Espírito Santo no novo nascimento.

2. Todos os cristãos precisam “beber” continuamente do Espirito Santo para continuarem a “serem cheios do Espírito Santo” e poderem mover nos dons.

3. Nem todos os cristaos têm o dom de falar em línguas.

4. É o amor de Deus em nós para com os outros que deve ativar e liberar os dons para edificar e suprir as necessidades da igreja.

5. Profecia deve citar e iluminar a Palavra de Deus, mas jamais acrescentar a Ela.

6. Em toda reunião os dons devem ser julgados pela igreja.

A grande maioria dos pentecostais e carismáticos ensina que o “Batismo no Espírito Santo” é uma “segunda benção” que os cristãos podem ou nao receber após a conversão. Neste modo de pensar há dois grupos distintos dentro do cristianismo – aqueles que foram batizados no Espírito e aqueles que não foram. Nós cremos que todos os cristãos são “batizados” no Espírito Santo no novo nascimento. Paulo diz em I Cor. 12:13, “Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos foi dado beber de um único Espírito”. Não há duas categorias de cristãos, mas uma só – no qual todos foram batizados em um único Espírito, o Espírito Santo de Deus. Mas cremos que somos chamados a estar constantemente nos enchendo do Espírito (Ef. 5:18).

C) Evangélica em Missões:

Isso significa que cumprir a Grande Comissão de levar o Evangelho para todo o mundo é prioridade na vida de todo cristão. Mateus 28:18-21.

Todo cristão é um missionário seja no bairro, no trabalho, na escola, ou em outras nações. Sendo o dever de todo cristão propagar a mensagem do perdão dos pecados através de Jesus. A igreja tem a obrigação de ir, ensinar e fazer discípulos!

D) Família-Integrada:

Vemos a necessidade das famílias adorarem ao Senhor Jesus, unidas durante o culto. Em nenhum momento a Palavra de Deus exorta as igrejas a terem ministérios infantis, a mandarem as crianças para outra salinha para não atrapalhar a pregação. Pelo contrário, em Mateus 19:13-15, vemos os discípulos querendo tirar as crianças da presença de Jesus, mas Ele repreende seus discípulos e demanda as presença delas no seu meio – enquanto Ele ministrava.

Em Efésios 6:1-3, Paulo fala com as crianças. A passagem em Efésios mostra claramente a presença de crianças durante a ministração da Palavra. Não temos “ministério infantil”.

Entendemos a importância dos pais passarem o exemplo para os filhos. Nos dias de hoje, os pais passam pouco tempo com seus filhos, não acreditamos que na igreja os pais precisem se separar, ou mandar as crianças para outro lugar.

II – O Nome Soli Deo Gloria:

O nome da nossa igreja vem da grande Reforma protestante no século 16. Os reformadores criaram a frase Soli Deo Gloria (latim) para englobar o propósito todo da reforma. Tudo é para Deus, e Deus apenas deve ser glorificado.

Cremos que Deus criou a Igreja para Sua própria glória, não para a glória dos homens!

III – No que cremos:

Artigo I

Nós afirmamos que a única autoridade para a Igreja é a Bíblia, inspirada verbalmente, sem erros, infalível, totalmente suficiente e confiável (I Tim. 3:16).

Nós negamos a idéia de que a Bíblia é apenas uma testemunha da revelação divina, ou que qualquer pedaço da Bíblia esteja marcado por erros ou afetado pelo pecado do homem.

Artigo II

Nós afirmamos que a autoridade e a suficiência das Escrituras se estendem para a Bíblia toda, entretanto a Bíblia é a nossa autoridade final para toda doutrina e prática.

Nós negamos a idéia de que qualquer porção da Bíblia pode ser usada para negar (contradizer) qualquer outra porção da Palavra. Negamos também a tentativa de se criar um cânon dentro do Cânon ou, por exemplo, diferenciar os ensinos de Jesus dos ensinos de Paulo.

Artigo III

Afirmamos que a verdade sempre permanece como o essencial para a Igreja, e que a Igreja deve resistir os conceitos de verdade do pragmatismo e do pós-modernismo.

Negamos que verdade é apenas o produto da construção/evolução social. Negamos também que a Igreja possa ser estabelecida no fundamento pragmático, em técnicas de comércio e negócios, ou em estilos culturais contemporâneos.

Artigo IV

Afirmamos a centralidade da pregação expositiva na igreja e a carência urgente pela volta da exposição Bíblica e da leitura das Escrituras na adoração.

Negamos que uma adoração que honra a Deus possa marginalizar ou negligenciar o ministério da Palavra.

Artigo V

Afirmamos que a Bíblia revela Deus como infinito em toda sua perfeição, sendo totalmente onisciente, onipotente, sem ter sido criado por algo ou alguém. Ele tem conhecimento perfeito de todas as coisas, passado, presente, e futuro, incluindo os pensamentos humanos, ações, e decisões.

Negamos que o Deus da Bíblia seja limitado em qualquer aspecto.

Artigo VI

Afirmamos que a doutrina da Trindade é essencial ao Cristianismo, sendo testemunha da realidade ontológica do Deus verdadeiro em três pessoas, Pai, Filho, e Espírito Santo, com a mesma essência e perfeições.

Negamos a afirmação de que a Trindade não é uma doutrina essencial.

Artigo VII

Afirmamos que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, em perfeita união através da sua encarnação e agora eternidade. Cremos que Jesus morreu na cruz como o substituto para os pecadores, como sacrifício pelo pecado, como propiciação da ira de Deus para com os pecadores. Afirmamos a morte, enterro, e ressurreição corpórea de Cristo como essencial para o Evangelho. Também afirmamos que Jesus é Senhor sobre a sua Igreja.

Artigo VIII

Afirmamos que salvação é totalmente pela graça, e de que o Evangelho é revelado para nós em doutrinas. Salvação é pela graça apenas, pela fé apenas, em Cristo apenas, para sua Glória apenas.

Artigo IX

Afirmamos que o Evangelho de Jesus é o meio que Deus criou para salvar as pessoas – pecadores devem crer no Evangelho, e a Igreja é comissionada a pregar o Evangelho a todos. Negamos que evangelismo possa ser reduzido a um programa, técnica ou marketing.

Negamos que salvação possa ser separada de arrependimento para com Deus e fé em Jesus.

Artigo X

Afirmamos que salvação pertence a aqueles que verdadeiramente crêem no Evangelho de Jesus e confessam que Jesus Cristo é Senhor.

Negamos que haja salvação em qualquer outro nome, ou que fé salvadora possa ser obtida de outra forma diferente da crença consciente em Jesus e Sua obra salvadora.

Artigo XI

Afirmamos a continuidade do propósito Salvador de Deus e a unidade Cristológica das alianças. Afirmamos uma distinção básica entre lei e graça, e que o verdadeiro Evangelho exalta a obra redentora de Cristo como o perfeito cumprimento da lei.

Negamos que a Bíblia apresenta qualquer outro meio de salvação senão a graciosa aceitação de Deus para com os pecadores através de Cristo.

Artigo XII

Afirmamos que pecadores são justificados apenas pela fé em Cristo Jesus, e que justificação pela fé apenas é essencial e central ao Evangelho (Rom. 4; Ef.2:8-9; Hb.9:12).

Negamos que qualquer ensino que minimiza, nega, ou confunde a justificação pela fé apenas possa ser considerado como verdadeiro Evangelho. Negamos também que qualquer ensino que separa regeneração e fé é verdadeiramente bíblico.

Artigo XIII

Afirmamos que a justiça de Cristo é “imputada” aos crentes apenas através do decreto de Deus; e essa justiça, que é imputada ao crente apenas através da fé, é a única justiça que pode justificar o homem (Rom. 4).

Essa justiça só pode ser imputada pela fé em Jesus e sua obra salvadora.

Artigo XIV

Afirmamos que congregações evangélicas devem trabalhar juntas de forma humilde e voluntária e que a comunhão espiritual dessas congregações, testemunha a unidade da Igreja e da glória de Deus.

Artigo XV

Afirmamos que as Escrituras revelam um padrão de ordem e complementação para com o homem e a mulher, e essa ordem é um testemunho do Evangelho, como um dom do nosso Criador e Redentor. Afirmamos que todos os cristãos são chamados para servir dentro do corpo de Cristo, e que Deus deu papeis importantes e estratégicos tanto para o homem como para a mulher. Afirmamos também que o oficio de ensinar é responsabilidade de homens que foram chamados por Deus em cumprimento dos ensinos bíblicos e que os homens devem liderar seus lares como maridos e pais que temem e amam a Deus.

Negamos que a distinção entre os papeis de homens e mulheres reveladas na Bíblia são apenas evidência de condições culturais ou manifestação de opressão masculina ou preconceito contra a mulher. Negamos também que essa distinção bíblica de sexos exclui as mulheres de um ministério importante e significativo no Reino de Deus.

Artigo XVI

Afirmamos que Deus chamou seu povo para demonstrar sua glória na reconciliação das nações dentro da Igreja, e que o prazer de Deus nessa reconciliação é evidente no ajuntamento de cristãos de toda língua, tribo, povo e nação. Reconhecemos que o grande preconceito para com negros e índios apresenta uma oportunidade toda especial para demonstrarmos arrependimento, perdão, e a restauração prometida no Evangelho.

Negamos que qualquer igreja possa aceitar preconceitos raciais, discriminação e divisões sem prejudicar e trair o Evangelho.

Artigo XVII

Afirmamos que nossa única esperança segura e confiante está nas promessas de Deus.

Assim, nossa esperança está na esperança escatológica, firmada na confiança de que Deus trará tudo para a consumação final de forma que tudo que acontecer será para glória do seu nome, para a grandeza da preeminência do seu filho Jesus e para a alegria do seu povo redimido.

Negamos que devemos achar o grande propósito e felicidade eterna nesse mundo.

Negamos que qualquer ensino que prometa saúde e riqueza material neste mundo como promessa segura de Deus possa ser considerada como Evangelho verdadeiro.

Artigo XVIII

Afirmamos o estabelecimento de um governo plural na igreja local (homens qualificados biblicamente). A igreja é formada por presbíteros que têm o dever de alimentar e cuidar das pessoas. O alimento e cuidado são feitos através do ensino da Palavra e aconselhamento familiar, jamais de forma tirânica.

Negamos a existência de governo formado por um homem só (pastor sênior). Toda a autoridade vem de Jesus, que é a cabeça da Igreja, e esse aponta homens para governar as igrejas locais.

Negamos qualquer ensino que enfatize anarquismo ou a não necessidade de haver líderes no corpo local.

Artigo XIX

Afirmamos que o batismo nas águas se da por imersão, sendo um ato público e simbólico da nossa morte e ressurreição com Jesus Cristo.

Negamos que no batismo haja a remoção de pecados.

Artigo XX

Afirmamos que a Ceia é um poderoso memorial a ser celebrado pela Igreja – que relembra e proclama a morte, vida, e ressurreição de Jesus (I Co. 11:23-26; Mt. 26:17-30). Todos o que proclamam Jesus Cristo como Senhor Deus e Salvador devem participar.

Negamos que o cálice e o pão se transformam literalmente no corpo e no sangue de Jesus (negamos a Transubstanciação ou Consubstanciação).

Romanos 16:27 – “Sim, ao único Deus sábio seja dada glória para todo o sempre, por meio de Jesus Cristo. Amém.”

Cânones de Dort: http://www.monergismo.com/textos/credos/dort.htm

Declaração de Cambridge: http://www.monergismo.com/textos/credos/declaracao_cambridge.htm

Confissão de Fé Batista de Londres de 1689: http://www.monergismo.com/textos/credos/1689.htm

3 comentários:

  1. Uma Igreja que resgate o máximo possivel da sua essencia na Escritura faz juz ao nome *evangélica* graças a Deus que hoje ainda haja.Amèm

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