sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Marcos 16:1-8 - Jesus: O Aterrorizante, Espantoso e Majestoso Filho de Deus!

Série de Sermões em Marcos
Passagem: Marcos 16:1-8
Título: Jesus - O Aterrorizante, Espantoso e Majestoso Filho de Deus!
Pregado na manhã de domingo, do dia 23 de setembro de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

Versão em vídeo

Marcos 16:1-8 1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, 3 perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?" 4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida. 5 Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. 6 "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto. 7 [Mas] Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse’ ". 8 Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas.

Introdução:
Desde que eu comecei a servir na área que o meu Senhor me chamou, pregando e ensinando a Palavra, sempre fui comprometido com a leitura, explicação e aplicação de toda a Escritura (Ne 8:8 Leram o Livro da Lei de Deus, interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido; I Tm 4:13 Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino)! Meu compromisso é com cada capítulo, cada versículo e cada palavra do texto estudado pois, eu tenho a convicção e a certeza de que a Palavra de Deus é inerrante, confiável e infalível! É essa convicção que me faz pregar todas as palavras da Bíblia a cada domingo. Mas a triste realidade que encontramos é que muitos pregadores e pastores hoje não creem mais na infabilidade, inerrância e veracidade de toda a Escritura. Por isso as pregações não são expositivas e, ao invés da Palavra de Deus, muitos pregadores falam sobre livros, filmes e outros assuntos seculares. É interessante que desde o começo da humanidade o ataque principal de satanás está na veracidade e confiabilidade da Palavra de Deus (Gn 3:1 –‘Foi isso mesmo o que Deus disse?’), e hoje continuamos vendo esse ataque.

Todo cristão genuíno deve crer na inspiração divina, na inerrância e na veracidade da Bíblia. Pois se não crermos em coisas ‘pequenas’, como creremos em coisas ‘grandes’? Se a Bíblia se engana em assuntos geográficos, históricos e biológicos, como poderemos ter a certeza que ela fala a verdade em assuntos com relação a salvação?

Nesse momento gostaria de falar um pouco sobre a confiabilidade e inerrância da Bíblia, visto que o final de Marcos (versículos 9-20) é um dos textos, de toda a Palavra de Deus, que mais traz dúvidas sobre a sua existência no manuscrito original. A outra passagem também questionada é João 7:53-8:11. Em toda a Bíblia só há, basicamente, essas duas passagens que nos fazem questionar se elas fazem realmente parte dos manuscritos originais. Isso é espetacular!

O que é inerrância? O termo Inerrância Bíblica fala da inspiração divina e da inexistência de erros, mentiras e contradições nos textos autógrafos da Bíblia.

A Declaração de Chicago Sobre a Inerrância da Bíblia [Concílio Internacional sobre Inerrância Bíblica (ICBI) de 1978] diz:

Artigo X - Afirmamos que, estritamente falando, a inspiração diz respeito somente ao texto autográfico das Escrituras, o qual, pela providência de Deus, pode-se determinar com grande exatidão a partir de manuscritos disponíveis. Afirmamos ainda mais que as cópias e traduções das Escrituras são a Palavra de Deus na medida em que fielmente representam o original. Negamos que qualquer aspecto essencial da fé cristã seja afetado pela falta dos autógrafos. Negamos ainda mais, que essa falta torne inválida ou irrelevante a afirmação da inerrância da Bíblia. Artigo XI - Afirmamos que as Escrituras, tendo sido dadas por inspiração divina, são infalíveis, de modo que, longe de nos desorientar, são verdadeiras e confiáveis em todas as questões de que tratam. Negamos que seja possível a Bíblia ser, ao mesmo tempo infalível e errônea em suas afirmações. Infalibilidade e inerrância podem ser distinguidas, mas não separadas. Artigo XV - Afirmamos que a doutrina da inerrância está alicerçada no ensino da Bíblia acerca da inspiração. Negamos que o ensino de Jesus acerca das Escrituras possa ser desconhecido sob o argumento de adaptação ou de qualquer limitação natural decorrente de Sua humanidade. Artigo XVI - Afirmamos que a doutrina da inerrância tem sido parte integrante da fé da Igreja ao longo de sua história. Negamos que a inerrância seja uma doutrina inventada pelo protestantismo escolástico ou que seja uma posição defendida como reação contra a alta crítica negativa.

O que significa infalível? Infalível significa a qualidade de não desorientar nem ser desorientado e, dessa forma, salvaguarda em termos categóricos a verdade de que as Santas Escrituras são uma regra e um guia certos, seguros e confiáveis em todas as questões. Semelhantemente, inerrante significa a qualidade de estar livre de toda falsidade ou engano e, dessa forma, salvaguarda a verdade de que as Santas Escrituras são totalmente verídicas e fidedignas em todas as suas afirmações.

Transmissão e Tradução
Os livros primitivos eram manuscritos (escritos à mão), até à invenção da Máquina Impressora por Gutemberg no século XV. Até esta invenção, o processo de produção de livros era extremamente trabalhoso e pequenos erros nas cópias podiam ocorrer. Uma vez que em nenhum lugar Deus prometeu uma transmissão inerrante da Escritura, é necessário afirmar que somente o texto autográfico dos documentos originais foi inspirado e mantém a necessidade da crítica textual como meio de detectar quaisquer desvios que possam ter se infiltrado no texto durante o processo de sua transmissão. O veredicto dessa ciência é, entretanto, que os textos hebraico e grego parecem estar surpreendentemente bem preservados, de modo que tempos amplo apoio para afirmar, junto com a Confissão de Westminster, uma providência especial de Deus nessa questão e em declarar que de modo algum a autoridade das Escrituras corre perigo devido ao fato de que as cópias que possuímos não estão totalmente livres de erros. Semelhantemente, tradução alguma é perfeita, nem pode ser; e todas as traduções são um passo adicional de distanciamento dos autographa. Porém, o veredicto da lingüística é que pelo menos os cristãos de língua inglesa estão muitíssimo bem servidos na atualidade com uma infinidade de traduções excelentes e não têm motivo para hesitar em concluir que a Palavra verdadeira de Deus está ao seu alcance. A palavra “crítica” vem do idioma grego, e significa: julgamento, teste, avaliação. A Crítica Textual é a avaliação do estado de um texto. Crítica Textual da Bíblia é, portanto, a avaliação do estado do texto da Bíblia, hoje; passados alguns milênios, desde sua composição. O objetivo da Crítica Textual é reconstituir, ou atestar a fidelidade textual aos seus autógrafos (a composição original).

A Crítica Textual não pergunta se a Bíblia é, ou não é, a Palavra de Deus. Ela somente pergunta se o texto bíblico, como o temos hoje, é o que era quando foi originalmente composto. Ou, repetindo a pergunta já feita anteriormente: O que lemos hoje no evangelho de João é fielmente o que ele escreveu? A intenção, portanto, da Crítica Textual é atestar, ou, quando for necessário, restaurar a fidelidade textual. A pergunta que move o crítico textual é: O que o autor (realmente) escreveu?

Quando dizemos que temos os originais do Antigo e do Novo Testamentos, estamos dizendo que temos milhares de cópias antigas do AT e do NT, nas línguas em que foram originalmente escritos. Pois, de fato, não temos o manuscrito em que, por exemplo, o apóstolo Paulo compôs a sua carta aos Romanos. Este manuscrito não é tecnicamente chamado de original, mas de autógrafo. Temos hoje um riquíssimo acervo constituído dos originais do Antigo e do Novo Testamentos; não temos, entretanto, nenhum autógrafo de qualquer livro da Bíblia.

A Crítica Textual não deve ser considerada uma adversária da fé Bíblica. Ao contrário é uma aliada, e, sem dúvida, uma providência divina.

É a Crítica Textual que comprova a fidelidade da nossa Bíblia atual!

CONFIABILIDADE DA PALAVRA DA BÍBLIA:
A Bíblia é o livro histórico mais fidedigno que existe. A confiabilidade dos textos da Bíblia é algo que traz admiração até mesmo dos incrédulos.

A Bíblia permanece até hoje como a obra literária mais bem preservada, com cerca de 24.000 manuscritos do Novo Testamento (descobertos até esta data), enquanto que a segunda obra literária antiga mais preservada, a Ilíada de Homero, tem apenas 643 manuscritos conhecidos até hoje.

O ANTIGO TESTAMENTO: Existem mais de 14.000 manuscritos e fragmentos do Velho Testamento, que foram copiados nas regiões do Oriente Médio, do Mediterrâneo e da Europa, os quais concordam perfeitamente uns com os outros. Os Pergaminhos do Mar Morto, descobertos em Israel nos anos 1940 e 1950, proveem também uma fenomenal evidência à confiabilidade da antiga transmissão das Escrituras judaicas (VT), antes do nascimento de Jesus Cristo.

A CONFIABILIDADE DO NOVO TESTAMENTO: A evidência do manuscrito para a composição do Novo Testamento é enorme, com um grande número de cópias e fragmentos conhecidos, os quais chegam a mais de 5.300 do original grego, dos quais, cerca de 800 foram copiados nos séculos II e III, às vezes com um lapso de tempo decorrido entre os autógrafos originais e as primeiras cópias de apenas 60 anos. Esta evidência dos manuscritos sobrepuja em muito a confiabilidade de outros escritos seculares antigos, os quais são considerados autênticos em nossos dias. Vejamos alguns deles:

  • O livro de Júlio César chamado de "As guerras Gálicas" (10 manuscritos permanecem, com a cópia mais antiga sendo de cerca de 1.000 anos depois da obra original).
  • História”, escrita por Plínio, o Jovem (7 manuscritos; 750 anos decorridos após o manuscrito original).
  • História de Tucídides" (8 manuscritos; 1.300 anos decorridos).
  • História” de Heródoto (8 manuscritos; 1.350 anos decorridos).
  • Platão (7 manuscritos; 1.300 anos decorridos).
  • Anais de Tácito (20 manuscritos; 1000 anos o texto mais novo).
  • Aristóteles, com 49 manuscritos, datando de 1.400 anos.

A Ilíada de Homero, o mais famoso livro da Grécia antiga, tem 643 cópias de manuscritos como apoio. Nessas cópias, existem 764 linhas disputáveis, enquanto em todos os manuscritos do Novo Testamento, existem apenas 40 linhas (Norman Geisler & William E. Nix, “A General Introduction of the Bible”, Moody, Chicago, pg 367).

A disciplina acadêmica de "crítica textual" nos assegura que as traduções da Bíblia que temos hoje são essencialmente as mesmas que os manuscritos antigos da Bíblia, com exceção de algumas discrepâncias inconsequentes que foram introduzidas ao longo do tempo através de erro dos copistas. Em primeiro lugar, devemos lembrar que a Bíblia foi copiada à mão por centenas de anos antes da invenção da imprensa. No entanto, o texto é extremamente bem preservado. Das aproximadamente 20 mil linhas que compõem o Novo Testamento inteiro, apenas 40 linhas são causas de dúvida. Essas 40 linhas representam um quarto de um por cento de todo o texto e não afeta de forma alguma o ensino e a doutrina do Novo Testamento. Voltemos a fazer uma comparação com a Ilíada de Homero. De cerca de 15.600 linhas que compõem o clássico de Homero, 764 linhas causam dúvida. Estas 764 linhas representam mais de 5% de todo o texto, e ainda assim ninguém aparenta questionar a integridade geral dessa obra antiga.

Sendo escrita sobre um material perecível, copiada e novamente copiada por centenas de anos antes da invenção da imprensa, a Bíblia não teve o seu estilo, precisão ou fundamento comprometidos. Comparando-a com outros escritos da Antiguidade, a Bíblia apresenta mais testemunhos manuscritos do que uma dúzia de títulos da literatura clássica em conjunto. John W. Montgomery declara que: “Duvidar do texto acabado do Novo Testamento é jogar no limbo toda a Antiguidade Clássica, uma vez que não há nenhum documento daquela época tão bem documentado quanto o Novo Testamento.

Existe alguma corrupção entre as cópias? Sim, existe. Existem algumas variações entre as cópias. Estudiosos desses manuscritos têm calculado que o texto do novo testamento é 98,33% puro (Hort, Geisler e Nix, conforme Josh McDowell).
Frederik Kenyon (uma das maiores autoridades no campo da crítica textual do Novo Testamento) também é citado por Josh mcDowell como tendo afirmado que nenhuma doutrina fundamental da fé cristã depende de algum texto controvertido.

A conclusão é que a credibilidade do Novo Testamento é maior que qualquer outro documento da antiguidade.

O acervo que nós temos de manuscritos antigos da Bíblia é tão grande e tão fidedigno que podemos fazer a crítica dos textos para saber como era o autógrafo!

A Bíblia que nós temos hoje em português não é perfeita (por isso temos várias versões [NVI, ACF, Jerusalém...], mas é fidedigna e totalmente confiável! A Bíblia que você tem em suas mãos é totalmente digna de sua confiança e segurança. Nada foi perdido! Não existe texto ou livro perdido da Bíblia.

Essas coisas precisam ser esclarecidas, pois Marcos 16:9-20 contem aquelas poucas linhas que trazem dúvidas se pertenciam ao texto autógrafo de Marcos.

PREGAR OU NÃO PREGAR MARCOS 16:9-20?
Eu não acredito que seja errado pregar. Conheço pastores fiéis que pregaram esse trecho. Mas após muito estudo eu acredito que esses versículos não fazem parte do manuscrito autográfico de Marcos. Lembremos que isso não é questionar a canonicidade e nem a inerrância da Bíblia!

EVIDÊNCIAS EXTERNAS: Retirado do livro, An Introduction to the New Testament, por D.A. Carson e Douglas Moo.

1 – Os dois manuscritos mais antigos que já foram encontrados do Novo Testamento (Manuscrito Sinaítico [א] e o Vaticanus [B]) não possuem os versículos 9-20. Outros manuscritos antigos armênios e etíopes também não possuem esse final.

2 – Eusébio (historiador da Igreja, 265-339) e Jerônimo (tradutor da Bíblia para o Latim, a Vulgata, 325-378) declararam que os manuscritos antigos mais confiáveis não tinham esse final (vs.9-20).

3 – Há outros tipos de finais (o curto e o longo) já encontrados, mostrando que muitos não estavam satisfeitos com o fim no versículo 8.

4 – Muitos manuscritos antigos já apontavam para o acréscimo desse final – usaram as margens para notar observações.

EVIDÊNCIAS INTERNAS:
1 – Os versículos 9-20 contêm várias palavras que não foram usadas por Marcos antes (por volta de 14 palavras).

2 – Por que Marcos apresentaria Maria Madalena somente no versículo 9, após já ter mencionado ela duas outras vezes?

3 – A menção de pegar cobras e tomar veneno não é encontrada em nenhum outro lugar do Novo Testamento.

Com base nas evidências textuais conhecidas, parece mais plausível admitir que o final original do evangelho de Marcos é o versículo 8.

Assim, com base na boa evidência externa e nas fortes considerações internas parece que a mais antiga forma verificável do Evangelho de Marcos terminou com 16:8. Ao mesmo tempo, no entanto, em respeito à história do final longo e sua importância na tradição textual do Evangelho, o Comitê decidiu incluir versos 9-20, como parte do texto, mas os colocaram dentro de colchetes, a fim de indicar que eles são a obra de outro autor.(Bruce M. Metzger, A Textual Commentary on the Greek New Testament, 2nd ed. [New York: American Bible Society, 1994], 106, comments on the United Bible Societies’ The Greek New Testament)

Por esses motivos eu encerrarei a série de pregações em Marcos no versículo 8!

Muitos alegam que o fim de Marcos no versículo 8 é frustrante e que fica devendo algo, mas tentarei mostrar como que o versículo 8 encerra perfeitamente esse evangelho fantástico!

Muitos querem um final mais belo e mais honroso, mas se esquecem de que o foco de Marcos está em mostrar Jesus como o Servo/Escravo Sofredor de Isaias 53, e como um escravo Jesus não precisa de relato sobre o nascimento e nem sobre o pós-ressurreição.

Contextualização:
O que Jesus tanto havia falado ocorreu: o Filho do Homem foi humilhado, crucificado e morto em Jerusalém (2:20; 8:31; 9:31; 10:33-34; 12:7-8; 13:14; 14:8; 14:22-24). Mas Ele sabia que a morte não era o fim, como havia sido profetizado por Isaias, o Servo Sofredor seria vindicado através da ressurreição. A ressurreição é prova de que Deus aceitou a pena e a condenação que o Filho recebeu!

Após tanto desprezo e rejeição durante Seu ministério, a ressurreição é a prova da aceitação do Pai.

Após caminharmos com o nosso Salvador pela região da Galiléia (principalmente Cafarnaum), descer para Jerusalém, caminhar dentro do Templo, ser levado para o Petrório, depois pelas ruas de Jerusalém com a cruz até a Caveira (fora de Jerusalém), hoje nós entramos no sepulcro de Jesus e contemplamos a vitória de Cristo sobre a morte!

Divisão do Estudo:
I – O AMOR RADICAL (V.1-3)
II – A MUDANÇA RADICAL (V.1-2)
III – A VITÓRIA RADICAL (V.4-6)
IV – O FIM RADICAL (V.7-8)

I – O AMOR RADICAL (V.1-3)
1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, 3 perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?"

Os versículos 1-3 relatam o amor dessas mulheres para com Jesus. Quando os homens fugiram de medo elas continuaram.

Esse é o tipo de mulher que é raríssimo de se encontrar, pois elas seguiam e serviam a Jesus Cristo (15:41). Elas não seguiram os maridos e nem os filhos, mas somente o Senhor Jesus!
v.1 – Assim que terminou o sábado (sábado por volta das 18h) elas foram comprar mais especiarias para colocar no corpo de Jesus. Mesmo tendo Nicodemus e José de Arimatéia usado mais de 34 kg de aloés e perfumes elas sabiam da necessidade de cada uma delas, pessoalmente, honrar a Jesus!

O coração dessas mulheres ardia de vontade de honrar a Jesus!

v.2 – Antes do sol nascer no domingo elas se levantaram e caminharam para o sepulcro.
O desejo e a vontade de estar com Jesus são tão grandes que elas pulam da cama antes do sol nascer no domingo e começam a jornada até o cemitério de Jesus.

Elas tinham todas as desculpas do mundo para ficarem em casa e na cama até mais tarde [Jesus está morto, os maridos e filhos fugiram, a pedra foi colocada], mas o coração dessas mulheres queima de paixão pelo Senhor de tal forma que não existe desculpa, cansaço e nem frustração suficientes para prendê-las em casa!

** Que lição para todos aqui do que é servir ao Senhor no domingo cedinho! Elas não foram se arrastando, mas sim ansiando servir a Jesus! Alguns acordam 15 minutos antes do culto e vão para a igreja como uma obrigação, tal atitude revela que o coração está frio e perdeu o entendimento de quanto foi perdoado pelo Senhor!

bem cedo, ao nascer do sol” --- Acordar bem cedo para ter comunhão com o Senhor não é algo místico, mas revela qual é a prioridade do coração! Elas não foram ao fim do dia, após realizarem todas as tarefas, mas cedinho, pois sabiam quão precioso é estar com Jesus, oferecendo as primeiras horas do dia!

** Como você se levanta no domingo de manhã? Quanto você anseia servir e honrar a Jesus no Dia do Senhor? Como você se prepara no sábado à noite para o Domingo (o Dia do Senhor)?

Você vem arrastado(a) pela sua esposa/marido/pais? Ou você é o primeiro a pular da cama para estar com o Senhor?

V.3A fé radical! O amor radical por Jesus é sempre alicerçado em uma fé radical!

PERGUNTADO UMAS ÀS OUTRAS: QUEM REMOVERÁ A PEDRA?” --- o verbo no imperfeito implica que elas se perguntaram várias vezes (‘ficaram se perguntando’). Essas pedras eram grandes e pesadas, requerendo alguns homens fortes para removê-la. A preocupação era natural, aquelas mulheres eram incapazes de mover a pedra. Não há problema em se perguntar e questionar as dificuldades, o problema é quando as dificuldades te acorrentam e te prendem! O problema está quando as questões são levantas e elas não entregues ao Senhor, mas são ruminadas de tal forma que elas contaminam a fé da pessoa!

Essas mulheres se perguntaram e conversaram sobre as dificuldades que viriam, mas elas não entraram em depressão.

No meio da impossibilidade elas não riram e zombaram das que criam que Deus faria o impossível, elas não ficaram fofocando por trás das que criam no milagre de Deus, elas, todas juntas, se edificaram e em meio às dificuldades fizeram o possível delas!

Que amor radical! Com falhas e quedas (principalmente a falta de fé nas palavras sobre a ressurreição), mas radicalmente mostrado e aceito por Deus!

Por qual motivo vemos tão pouco desse fortíssimo amor a Jesus, entre os crentes hoje? Por que tão raramente nos deparamos com santos que enfrentarão qualquer perigo, que passarão pelo fogo e pela água, por amor a Cristo? Só há uma resposta. É por causa da debilidade da fé do baixo senso de obrigação para Cristo, que prevalece tão largamente entre nós. Um baixo e fraco senso de pecado sempre produzirá um baixo e frágil senso de valor da salvação. Um irrelevante senso de nossa dívida para com Deus sempre será acompanhado por um senso superficial quanto ao que devemos por nossa redenção. A pessoa que sente o quanto lhe foi perdoado é a que muito ama. ‘Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama’ (Lc 7:47)(J.C. Ryle, Meditações no Evangelho de Marcos, Fiel, pg 212)

II – A MUDANÇA RADICAL (V.1-2)
1 Quando terminou o sábado... 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro,

É aqui que vemos a mudança radical de dia! Antes o dia sagrado era o sábado, mas esse dia foi mudado para o domingo!
At 20:7 No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir o pão, e Paulo falou ao povo. Pretendendo partir no dia seguinte, continuou falando até à meia-noite.
Ap1:10 No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta,

Quão precioso é o domingo para o cristão! Sl 118:24 Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia.

O domingo deve ser o dia mais alegre para o cristão, pois é o dia que nós somos lembrados da salvação, redenção, libertação e justificação! Passamos de escravos do pecado para escravos de Cristo no domingo que Jesus ressuscitou!

** Como você se comporta no Dia do Senhor?
O seu domingo é bíblico ou mundano? O domingo na sua vida glorifica a Deus ou é apenas auto-glorificante?

Quais as desculpas que você dá para não estar na igreja no domingo?

A mudança radical: o Dia do Senhor passa a ser o primeiro dia da semana, o domingo! Foi no domingo que Jesus ressuscitou e trouxe justificação, foi no domingo que a igreja primitiva se reunia para adorar a Cristo e ter comunhão com o Seu corpo.

III – A VITÓRIA RADICAL (V.4-6)
4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Aqui vemos a conquista radical de Jesus sobre a morte! Esses versículos nos narram o triunfo de Cristo sobre a sepultura!

v.4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Elas não ficaram se lamentando com as imensas dificuldades, elas não ficaram em depressão e sem motivação em meio às impossibilidades – elas foram com fé!

MAS, QUANDO FORAM VERIFICAR” --- Elas foram verificar! Elas sabiam que criam em um Deus onipotente. Elas conheciam o Deus em que criam! Elas não sabiam que a pedra havia sido removida. Elas preparam tudo e foram, pois elas sabiam que se fosse a vontade de Deus, Ele iria trazer homens para rolar aquela pedra.

Isso é fé! Fé não é ficar sentado dizendo que você crê. Fé é sempre colocada em prática através de ação (Veja Hebreus 11).

viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida” --- O impossível, para o homem, foi feito!

Imaginemos a mente e o coração dessas mulheres ao verem a pedra removida! Elas ainda não entendiam sobre a crucificação.

Aqueles que são dirigidos por um zelo santo, na busca diligente por Cristo, verão que as dificuldades que são colocadas em seus caminhos desaparecem estranhamente e muitas vezes os ajudam muito além do que podia se imaginar.(Matthew Henry, Comentário em Marcos)

COMO A PEDRA FOI REMOVIDA? Mt 28:1-2 Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2 E eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela.

Naquela noite Deus havia feito a terra tremer! Deus enviou anjos e tremeu a terra! Esses anjos rolaram a pedra! Aqueles anjos removeram a pedra!

Terremotos simbolizavam muitas vezes o julgamento do Senhor! Ez 38:18-19 É isto que acontecerá naquele dia: Quando Gogue atacar Israel, será despertado o meu furor, palavra do Soberano Senhor. 19 Em meu zelo e em meu grande furor declaro que naquela época haverá um grande terremoto em Israel.

Portanto, esse terremoto é uma declaração de julgamento sobre os homens que condenaram Jesus! É como se o martelo divino tivesse batido na mesa do tribunal e os anjos abriram o sepulcro proclamando a justiça e vindicação de Jesus! Jesus não arrombou de forma ilegal, os agentes celestiais abriram as ‘celas’!

16:4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Quão profunda essa declaração! A pedra havia sido removida.

A pedra não foi removida apenas para que Jesus saísse do sepulcro, mas que nós pudéssemos entrar! A pedra foi rolada para que cada um de nós possa entrar e contemplar aquela sepultura vazia!

Que todos entrem e se admirem na verdade de que Cristo venceu a morte! Para o cristão a morte foi vencida!

v.5 Entrando no sepulcro, viram um jovem [essa era uma forma normal de descrever os anjos] vestido de roupas brancas assentado à direita [Marcos só descreve um anjo, pois ele foca no que fala, apesar de ter dois anjos], e ficaram amedrontadas.

Através dos relatos de João e Lucas nós somos informados que havia dois anjos. Marcos só descreve um, pois ele foca naquele que conversará com as mulheres.

ROUPAS BRANCAS” --- Mt 28:3-4 Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4 Os guardas tremeram de medo e ficaram como mortos.

Esses anjos resplandecem a glória e a santidade de Deus, por isso eles são aterrorizantes aos homens!

v.6 "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto.

Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado” --- O anjo identifica Jesus como ‘o Nazareno’, o mesmo termo que era usado com desprezo pelos inimigos dEle é usado para enfatizar que o rabino de Nazaré venceu a morte!

ELE RESSUSCITOU! NÃO ESTÁ AQUI” --- Esse é o Evangelho: Jesus Cristo de Nazaré que foi crucificado vicariamente ressuscitou e nos justificou!

Em 1:24 os demônios perguntaram, “O que queres conosco, Jesus de Nazaré?
Aqui está a resposta: Conquistar a morte e trazer libertação!

VEJAM O LUGAR ONDE O HAVIAM POSTO” --- O anjo pede para que as mulheres contemplem o lugar que elas haviam visto o corpo sendo colocado por José de Arimatéia.

Hoje todos aqui são convidados a entrarem no sepulcro e verem a vitória de Jesus sobre a morte!

Hoje você é convidado a contemplar o sepulcro vazio. Que você olhe e veja que a morte foi conquistada, que o cristão não está mais escravizado pelo temor da morte!
Hb 2:14-15 Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.

IV – O FIM RADICAL (V.7-8)
7 [Mas] Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse’ ". 8 Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas

v.7MAS VÃO” --- Ao invés de ficarem amedrontadas com a presença do anjo elas devem ir!

E DIGAM AOS DISCÍPULOS E A PEDRO” --- Vejamos a graciosa e radical restauração dos discípulos! Aqueles homens que haviam prometido fidelidade e abandonaram Jesus são agora restaurados!

E A PEDRO” --- O anjo separa Pedro. Aquele que não havia negado a si mesmo, mas sim a Jesus é convocado, pois ele já foi perdoado!

Em João 21 nós temos o maravilhoso relato da restauração de Pedro. Assim como Pedro negou a Jesus três vezes, Jesus o faz proclamar o seu arrependimento e amor três vezes, e o encarrega de pastorear e alimentar as ovelhas de Jesus!

O Radical Perdão!! “Finalizemos com a firme determinação de abrirmos amplamente a porta da misericórdia aos pecadores, em todo o nosso falar ou ensinar sobre a religião cristã. Não menos importante é o fato que devemos avançar com a resolução de nunca nos mostrarmos indispostos a perdoar os nossos semelhantes. Pois, se Cristo está sempre tão pronto a nos perdoar, devemos estar sempre prontos a perdoar o próximo.(J.C. Ryle, Meditações no Evangelho de Marcos, Fiel, pg 213)

Quão terrível é ver cristãos que não perdoam as outras pessoas!
Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia.” --- Por que para a Galiléia?

Foi na Galiléia que Jesus começou o Seu ministério (1:14). Foi lá que os discípulos foram primeiramente chamados, e será lá que eles serão novamente chamados para irem por todo o mundo. Foi lá que Jesus havia prometido estar após a ressurreição (14:28).

Is 9:1 Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos. No passado ele humilhou a terra de Zebulom e de Naftali, mas no futuro honrará a Galiléia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão.

Lá vocês o verão, como ele lhes disse” --- Exatamente como Jesus havia prometido em 14:28. Mostrando que as palavras de Cristo são fieis!

v.8 Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro. E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas

E NÃO DISSERAM NADA A NINGUÉM” --- Marcos não está querendo dizer que elas ficaram caladas para sempre, ele simplesmente diz que elas não saíram gritando pelo caminho e contando para quem não devia. Elas foram contar somente aos discípulos, por isso Marcos foi capaz de narrar o que ocorreu.

O foco do versículo 8 está na reação das mulheres. O texto diz que elas estavam:
Tremendo – GK. τρόμος; Assustadas – Gk. ἔκστασις; Amedrontadas – Gk. φοβέομαι.

Mt 28:8-10 As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus. De repente, Jesus as encontrou e disse: "Salve!" 9 Elas se aproximaram dele, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. 10 Então Jesus lhes disse: "Não tenham medo. Vão dizer a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia; lá eles me verão".

Esse versículo pode parecer estranho para um leitor desatento, mas para uma audiência atenta as palavras ‘tremendo’, ‘assustadas’, ‘maravilhadas’ e amedrontadas’ relembram toda a vida e ministério de Jesus!

1:22, 27; 2:12; 4;41; 5:15, 20; 5:33, 42; 6:50-51; 7:37; 9:6, 15, 32; 10:24, 32; 11:18; 12:17; 15:5, 44; 16:5

Marcos nos mostra Jesus como o espantoso, maravilhoso, temeroso e aterrorizante Servo Sofredor!

Como não nos admirarmos com esse Jesus?
Como não nos espantarmos com tamanha graça e misericórdia?
Como não tremermos e não nos aterrorizarmos diante de um Senhor tão santo e majestoso?
Como estar diante de Jesus e não temermos e tremermos diante dEle?

Como esperar outro fim? Como não nos amedrontarmos diante de tamanho Deus!

CONCLUSÃO:
Que como essas mulheres nós possamos sair daqui correndo, com temor, tremor, espanto e maravilhados com esse Salvador. Proclamando que Jesus morreu, ressuscitou e venceu!

Que o temor e susto das circunstâncias momentâneas não nos prendam, mas que a alegria de servir a Jesus nos impulse para fora do sepulcro para proclamarmos que, “Olhe, Jesus, o Nazareno foi crucificado – por causa dos nossos pecados, mas ressuscitou para nos justificar!”

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Marcos 16:1-6 - O Sepulcro Vazio: O Triunfo de Jesus

Série de Sermões em Marcos
Passagem: Marcos 16:1-6
Título: O Sepulcro Vazio - O Triunfo de Jesus
Pregado na manhã de Domingo, do dia 16 de setembro de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

Versão em vídeo

Marcos 16:1-6 1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, 3 perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?" 4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida. 5 Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. 6 "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto. 

Introdução:
Hoje nós entraremos no sepulcro de Jesus e veremos o que há de mais precioso na doutrina cristã: a conquista de Jesus sobre a morte! A ressurreição de Jesus é o que faz do cristianismo uma religião de esperança viva e não algo místico. É o fato, provado e comprovado historicamente, de que Jesus ressuscitou dos mortos que diferencia o cristianismo de todos os outros ‘ismos’.

Rm 4:25  Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação.

Quando Deus ressuscitou Jesus da morte, aquilo foi a grande demonstração que o Justo Juiz aceitou a pena e a condenação impostas sobre Jesus! O Justo Juiz bateu o martelo e declarou que a pena havia sido paga. A morte, que é o salário do pecado, foi condenada.

Vamos supor que Jesus não tivesse ressuscitado dentre os mortos [assim como Sócrates, Buda, Confúcio e todos os outros líderes religiosos]. Se Jesus não tivesse ressuscitado, qual seria o valor do cristianismo? A resposta que a Bíblia nos dá é que, se não houvesse a ressurreição de Jesus, então o cristianismo seria a religião mais digna de dó e a mais infeliz de todas as religiões!

I Co 15: 14, 17 e 19 14 se Cristo não ressuscitou, é inútil [κενός -- vazio, sem utilidade, tolice]a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados, 19 Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.

Paulo, em I Coríntios 15, nos dá 6 consequências desastrosas de não crer na ressurreição:
1 – A pregação do Evangelho não teria sentido (v.14)
2 – A nossa fé seria inútil (v.14)
3 – Todas as testemunhas e os pregadores da ressurreição seriam mentirosos (v.15)
4 – Ninguém teria perdão dos pecados (v.17)
5 – Todos que morreram em Cristo estão perdidos (v.18)
6 – Os cristãos seriam os mais dignos de dó (v.19)

Sem a ressurreição o cristianismo não oferece esperança alguma para a humanidade. O seu fundador seria um mentiroso e um fracassado, e seus seguidores os mais tolos de todos. Há aqueles que dizem que mesmo sem a ressurreição de Jesus ainda existe ética no cristianismo e que há um significado importante para essa religião. No entanto, o Novo Testamento deixa claro que sem a ressurreição, o cristianismo é a religião mais digna de dó!  

Por essas razões a ressurreição de Jesus sempre foi o alicerce da pregação da igreja primitiva: At 2:24, 32; 4:2 ; 13:30, 33-34, 37; 17:18, 31 ; 24:15 ; Rm 1:4; 6:4; 8:11; I Co 15; Ef 1:20; I Ts 4:14...

Terrível coisa é estar em uma igreja que ignora a pregação da ressurreição de Jesus!
Terrível coisa é ter uma religião sem um Senhor que conquistou o pior de todos os inimigos – a morte!

Nessa manhã, nós temos o privilégio de contemplar a conquista sobre a morte! Hoje, nós temos o privilégio de estudar a ressurreição (não é a reencarnação) de Jesus! Hoje nós somos convidados pela Palavra de Deus, a entrarmos naquele sepulcro [lugar de morte, vermes, terrível odor e memórias] e vermos que a morte foi vencida! A pior maldição para o homem foi a morte, que veio como consequência do pecado original – essa morte era espiritual e física, mas através da ressurreição de Jesus a maldição da morte foi condenada, e o sepulcro vazio exala o aroma suave de vitória e a imagem de alegria e esperança!

Contextualização:
Marcos 15:42-47 narra o momento que Deus sepultou o Seu próprio corpo. Era uma sexta-feira, por volta das 17 horas, quando José de Arimatéia demonstrou publicamente o amor e o reinado de Jesus sobre a sua vida ao sepultar o Cristo crucificado!

v.43 José de Arimatéia, membro de destaque do Sinédrio [status e honra], que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos [precisava de muita coragem, pois ele seria desprezado, rejeitado e perderia tudo o que ele tinha] e pediu o corpo de Jesus [os familiares e amigos íntimos eram quem pediam os corpos, era uma forma de se identificar com o morto. Ele se identificou com aquele ‘rebelde’ crucificado].

Ele, que por algum tempo havia sido um discípulo secreto (Jo 19:38), se arrependeu e manifestou seu arrependimento ao se identificar com Jesus crucificado publicamente [praticamente uma imagem do batismo – a identificação pública com a morte e sepultamento de Jesus]!

José de Arimatéia mostrou coragem e valentia ao publicar a sua fé quando tudo parecia terminado e quando as esperanças haviam chegado ao fundo do poço!
É, até certo ponto, fácil professar fé em Jesus quando as coisas não estão difíceis, quando não há risco de perseguição, ou quando a pessoa precisa de um milagre. Outra coisa é professar fé em Jesus quando não há esperança alguma, quando tudo o que você tem será tirado e todos te desprezarão. É aqui que José de Arimatéia mostra o que é ser um homem de coragem, um discípulo verdadeiro!

José não estava sozinho, a ação dele encorajou um outro discípulo secreto de Jesus, Nicodemus (Jo 19:38-39 Depois disso José de Arimatéia pediu a Pilatos o corpo de Jesus. José era discípulo de Jesus, mas o era secretamente, porque tinha medo dos judeus. Com a permissão de Pilatos, veio e levou embora o corpo. 39 Ele estava acompanhado de Nicodemos, aquele que antes tinha visitado Jesus à noite.).

** Em vista dessa atitude tomada por José de Arimatéia e o modo como ela encorajou Nicodemus, creio que todos devem se perguntar:

-- As minhas ações têm encorajado as pessoas a servirem a Cristo com intrepidez?
-- As pessoas ao meu redor (minha esposa, filhos, irmão da igreja e no trabalho) têm sido encorajadas a servirem a Cristo em todas as circunstancias, ou eu tenho desencorajado as pessoas?
-- No meio da aflição e da tempestade as pessoas são encorajadas pelo meu estilo de vida e pelas minhas palavras a servirem a Cristo com intrepidez?

V.46 Então José comprou um lençol de linho [isso mostra o coração transformado – ele não buscou pano de chão velho, lençol rasgado e usado de casa, mas comprou lençóis novos], baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha [esse sepulcro era caro e novíssimo – nunca havia sido usado --- mostrando o valor que José dava as coisas de Deus]. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro.

As milhares de pessoas que caminhavam para Jerusalém viram José de Arimatéia e Nicodemus tocando aquele cadáver todo aberto, tirando os pregos das mãos e dos pés, lavando o corpo (Nm 19:11) e colocando-o em um sepulcro novo.

Jo 19:39 Nicodemos levou cerca de trinta e quatro quilos de uma mistura de mirra e aloés.
Jesus acabara de ser sepultado como um rei!
Morreu como um marginal, desprezado e rejeitado, mas foi sepultado como um rei!
O sepultamento de Jesus como um rei já era a primeira declaração de Deus que a morte de Jesus havia sido aceita pelo Justo Juiz!

v.47 Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde ele fora colocado.
Lá estavam as mais valentes e corajosas discípulas de Cristo! Os homens haviam fugido, mas elas estavam lá!

Elas observaram com muita atenção onde Jesus havia sido sepultado!

Agora Marcos 16:1-6 nos conta a visita dessas mulheres ao sepulcro no domingo, três dias depois de Jesus ter sido sepultado.

Divisão do Estudo:
I – O AMor RADICAl (VS.1-3)
II – A MUDANÇA RADICAL (VS.1-2)
iii – a vitória radical (vs.4-6)

I – O AMOR RADICAl (VS.1-3)
1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, 3 perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?" 4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Marcos pula já para o domingo, primeiro dia da semana, mas Mateus nos conta o que aconteceu no Sábado – ver Mt 27:62 – 28:1-4, 11!

v.40Quando terminou o sábado” --- Jesus foi morto por volta das 15 horas e sepultado antes das 18 horas da sexta-feira. A precisão do tempo de Deus é algo majestoso!

MARIA MADALENA, SALOMÉ E MARIA, MÃE DE TIAGO” --- Essas três mulheres foram mencionadas já nos versículos 40 e 41.

v.40 Algumas mulheres estavam observando [contemplando/refletindo] de longe [elas estiveram bem próximas, mas com o tempo foram se afastando]. Entre elas estavam Maria Madalena [ela não era uma prostituta, a Bíblia só diz que ela foi liberta de 7 demônios (total prisão –morte total)], Salomé [tia de Jesus] e Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José. 41 Na Galiléia [por onde Jesus passou a maior parte do tempo] elas tinham seguido e servido a Jesus [elas não seguiam os filhos e nem os maridos, mas a Cristo! Elas seguiam (ouvindo e estudando as palavras de Jesus) e serviam (providenciavam bens, dinheiro, roupa e comida)]. Muitas outras mulheres que tinham subido com ele para Jerusalém também estavam ali [foram até a Caveira com Jesus, não seguiram só no conforto, mas marcharam para fora da cidade, caminharam com Jesus para a cidade da morte].

Que mulheres grandiosas! Que exemplos para a igreja de hoje!

Essas mulheres encorajaram umas as outras. No meio da pior de todas as dificuldades, a morte de Jesus, elas estavam juntas e ao invés de criticarem e ficarem contaminando uma as outras com palavras de desânimo elas se fortaleceram e foram aonde homem nenhum dos discípulos foi!

*** Elas estavam na crucificação, no lugar onde nenhum dos que professaram estar estavam. Elas não foram porque foi oferecido café, bolo, pão de queijo, livro e perfume de graça caso , mas elas foram aonde ninguém foi, devido ao grande amor que elas tinham por Jesus! Algumas pessoas só aparecem em reuniões de oração ou nos cultos quando sabem que algo bom elas irão receber. Que as mulheres dessa história te envergonhe, se você é uma dessas pessoas!

** Elas não procuraram saber quem estaria lá para ir, mas foram, pois o coração ardia de amor e vontade de estar perto do Senhor!

Essas mulheres entenderam quão preciosa era a salvação! Eu temo que muitas mulheres (e homens) ainda não tenham entendido o quanto foram perdoadas. Elas amavam MUITO a Jesus, pois entenderam o MUITO que elas haviam sido perdoadas!

Você vê as pessoas que entenderam o muito que foram perdoadas no modo que seguem e servem a Jesus!

Os corações dessas mulheres ardiam de paixão por Cristo! Elas negaram as vontades do mundo, os conselhos das mulheres que não eram radicais por Cristo e passaram a fazer o que o coração mais ansiava – servir e seguir a Jesus! As mulheres hoje seguem e servem tudo o que o mundo lhe põe na frente, menos o Evangelho da Cruz!

v.1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus [assim como todos os outros discípulos, essas mulheres também não haviam entendido o ensino da ressurreição ao terceiro dia]

Assim que as lojas, as barracas de vendas abriram no fim do sábado, elas correram para comprar mais especiarias!

Lc 24:1 No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro.

Elas compraram as especiarias por volta das 18h e foram para a casa para preparar os perfumes. Esmagavam as especiarias fazendo uma pasta ou um líquido. Que disposição em servir a Jesus!

Muitos judeus inspecionavam os corpos antes do terceiro dia para confirmar a morte da pessoa. Mas já que era ilegal fazer isso no sábado, elas esperaram.

O texto deixa claro que elas não foram só inspecionar o corpo de Jesus, elas foram até o sepulcro para ungir o Seu corpo. Elas querem honrar o corpo do Senhor delas!

Por que elas foram ungir o corpo de Jesus, se elas viram José e Nicodemus fazendo isso?
Elas não estavam satisfeitas com o que José de Arimatéia e Nicodemus fizeram, elas acharam extremamente honroso e precioso, mas no coração delas havia mais a ser feito por aquele Rei!

Muitas pessoas diriam, ‘Ah, José e Nicodemus já ofertaram o suficiente, a nossa oferta não é necessária!’, mas não foi assim com essas mulheres. Elas entenderam a esfera pessoal do cristianismo. Cristianismo não é uma religião familiar, você não nasce dentro dele, seu marido não é cristão por você e você não tem fé pelos seus filhos. O que José de Arimatéia e Nicodemus fizeram foi pessoal e elas sabem que elas precisam mostrar honra para com Cristo, cada uma de forma pessoal e individual!

O coração delas ardia de paixão para honrar o Senhor Jesus, mesmo Ele estando morto! Elas não sabiam que Ele havia ressuscitado. Essas mulheres fizeram muito mais para Jesus quando Ele estava morto, do que muitos aqui fazem com Ele vivo e reinando! Esse é o amor radical demonstrado por essas mulheres!

O amor é sempre demonstrado por meio de ações! Não existe amor sem demonstrações. Quanto maior o amor, mais radical é a demonstração!

Essas mulheres serviram a Jesus enquanto Ele estava vivo e morto, elas O seguiram pela Galiléia, para fora de Jerusalém e até o sepulcro. Elas eram radicais pelo Senhor Jesus, pois sabiam quanto elas haviam sido perdoadas!

** Como seu amor por Cristo tem sido demonstrado? Você ama ao Senhor e o Seu reino? Se sim, como isso tem sido mostrado?

Por que você vem a igreja? Por que você serve na portaria, com a projeção, com a pregação, com o louvor? Se o amor não é o alicerce para tudo isso, então algo está muito errado!

v.2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro
NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA, BEM CEDO” --- Aqui se trata do domingo de manhã.

No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro” --- O amor radical dessas mulheres continua sendo demonstrado! Essas mulheres se levantaram para servir ao Senhor no domingo de manhã, antes do sol nascer! Jo 20:1 E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro; Lc 24:1 E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas; Mc 16:2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro

O que tudo indica é que elas saíram de casa quando tudo estava escuro e ao chegarem ao sepulcro o sol já estava começando a brilhar.

Elas tinham todas as desculpas do mundo para ficarem em casa e na cama até mais tarde, mas o coração dessas mulheres queima de paixão pelo Senhor de tal forma que não existe desculpa, cansaço e nem frustração suficientes para prendê-las em casa!

** Que lição para todos aqui sobre o que é servir ao Senhor no domingo cedinho! Elas não foram se arrastando, mas sim ansiando servir a Jesus! Alguns acordam 15 minutos antes do culto e vão para a igreja como uma obrigação. Tal atitude revela que o coração está frio e perdeu o entendimento de quanto foi perdoado pelo Senhor!

bem cedo, ao nascer do sol” --- Acordar bem cedo para ter comunhão com o Senhor não é algo místico, mas revela qual é a prioridade do coração! Elas não foram ao fim do dia, após realizarem todas as tarefas, mas cedinho, pois sabiam quão precioso é estar com Jesus, oferecendo as primeiras horas do dia!

** Como você se levanta no domingo de manhã?
Quanto você anseia servir e honrar a Jesus no Dia do Senhor?

Como você se prepara no sábado à noite para o Domingo (o Dia do Senhor)?

Você vem arrastado(a) pela sua esposa/marido/pais? Ou você é o primeiro a pular da cama para estar com o Senhor?

** Que essas mulheres te encorajem a mudar de vida! Que esse amor radical demonstrado por essas mulheres te faça refletir na mediocridade e superficialidade do cristianismo que você vem vivendo!

Para aqueles que têm servido ao Senhor com alegria, disposição e prioridade de coração, que vocês sejam encorajados e confortados com essa história! Pois como veremos, o Senhor honrou a ação delas, elas foram as primeiras testemunhas da verdade mais maravilhosa!

A FÉ RADICAL É REVELADA ATRAVÉS DE UM AMOR RADICAL = AÇÃO RADICAL:
V.3 perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?" [elas viram a pedra sendo colocada] 4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Elas não sabiam sobre os guardas que foram guardar o túmulo (Mt 27:62-66), por isso a preocupação delas era com única e exclusivamente com a pedra.
Obs. Prestemos atenção em como o Senhor oculta de nós algumas coisas, pois Ele sabe o quanto podemos aguentar! Se essas mulheres soubessem dos guardas, talvez, elas não tivessem ido ao sepulcro.

v.3PERGUNTADO UMAS ÀS OUTRAS: QUEM REMOVERÁ A PEDRA?” --- o verbo no imperfeito implica que elas se perguntaram várias vezes (‘ficaram se perguntando’). Essas pedras eram grandes e pesadas, requerendo alguns homens fortes para removê-la. A preocupação era natural, aquelas mulheres eram incapazes de mover a pedra.

Não há problema em se perguntar e questionar sobre as dificuldades, o problema é quando as dificuldades te acorrentam e te prendem! O problema está quando as questões são levantadas, mas não são entregues ao Senhor, quando elas são ruminadas de tal forma que contaminam a fé da pessoa!

Essas mulheres se perguntaram e conversaram sobre as dificuldades que viriam, mas elas não entraram em depressão. Elas entendiam a soberania de Deus, coisa que muitos ‘calvinistas’ atuais não entendem! Alguns aqui teriam dito, ‘Bom, Deus colocou aquela pedra lá, então não precisamos ir!’. Tal pessoa não entende a soberania de Deus!

No meio da impossibilidade elas não riram e zombaram das mulheres que criam que Deus faria o impossível, elas não ficaram fofocando por trás das que criam no milagre de Deus, elas, todas juntas, se edificaram e em meio às dificuldades fizeram o possível delas!

** Que lição para essa igreja! O que parecia impossível aos olhos dos homens, o que poderia ter desencorajado e tirado a esperança e alegria daquelas mulheres foi o que as uniu em encorajamento e perseverança!

V.3 perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?" [elas viram a pedra sendo colocada] 4 Mas, quando foram verificar
Elas sabiam da impossibilidade, da dificuldade, mas foram de qualquer jeito!

Elas ficaram confusas, tristes e até mesmo perdidas, mas elas nunca travaram! Elas estavam juntas orando e encorajando uma as outras! Elas viram as dificuldades, mas continuaram. E Deus honrou essas mulheres! Enquanto muitos achavam que tal atitude de ir ao sepulcro lacrado era loucura, estupidez e ignorância essas mulheres demonstraram o que é fé e amor genuíno por Cristo!

Que amor radical! Com falhas e quedas (principalmente a falta de fé nas palavras sobre a ressurreição), mas radicalmente mostrado e aceito por Deus!

II – A MUDANÇA RADICAL (VS.1-2)
1 Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. 2 No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro,

Por que nos reunimos como igreja no domingo? Pois é um dia ‘relax’, sem trabalho?
Pois foi no domingo que Jesus ressuscitou e trouxe justificação e salvação! O domingo fala do início de uma nova criação!

É aqui, nessa passagem, que vemos a mudança radical do dia do Senhor! Antes o dia sagrado era o sábado, mas esse dia foi mudado para o domingo!

v.1 e 2QUANDO TERMINOU O SÁBADO... NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA” --- Os dias da semana não tinham nomes, mas eram numerados. O primeiro dia da semana é o domingo, após o sábado - que era o sétimo dia!

O sábado no AT era o dia de descanso, mas muito mais que apenas um dia de descanso, o sábado tinha o papel de apontar para um descanso salvífico. Ele apontava para o futuro descanso de redenção que Deus realizaria em favor de seu povo. O povo de Deus estava olhando para o “descanso”, a redenção que seria realizada pelo Messias no futuro. Por meio de sua morte e ressurreição, Jesus trouxe seu povo ao seu “descanso” da redenção. Nós olhamos para trás, para a salvação consumada por Cristo. “Está consumado”, foi o clamor de Cristo na cruz, por isso sabemos que tudo foi realizado para libertar-nos do pecado, da morte e de todos os males deste mundo. Por conseguinte, o crente possui uma nova perspectiva sobre o descanso da redenção. A ressurreição de Cristo foi um acontecimento tão significativo quanto a criação do mundo. Por meio de sua ressurreição, a nova ordem de universo veio à existência. Os discípulos seguiram uma nova ordem em seus padrões de adoração e serviço para Deus. Eles começaram a semana reunindo-se com o Cristo ressurreto. Iniciavam a semana com uma celebração da redenção que fora realizada por Cristo.


A Igreja Adventista do Sétimo Dia despreza o claro ensino da Bíblia: “A tese doutoral de Samuele Bacchiocchi, intitulada From Sabbath to Sunday: A Historical Investigation of the Rise of Sunday Observance in Early Christianity (Roma: Pontifical Gregorian University Press, 1977), demonstra ‘que a adoção do domingo em lugar do sábado não ocorreu na primitiva Igreja de Jerusalém, por virtude de autoridade apostólica, mas aproximadamente um século depois na Igreja de Roma’. Sob a influência cultural paganizadora do Império Romano, o cristianismo dos primeiros séculos acabou absorvendo vários elementos de origem pagã, dentre os quais se destaca o culto ao Sol de origem persa (mitraísmo). Os mitraístas romanos veneravam o Sol Invictus cada domingo e celebravam anualmente o seu nascimento no dia de 25 de dezembro. Tentando harmonizar alegoricamente o Sol Invictus com o ‘sol da justiça’ do cristianismo (Ml 4:2; Jo 8:12), muitos cristãos começaram a adorar a Cristo no domingo como ‘dia do Sol’ (Sunday em inglês e Sonntag em alemão), com o duplo propósito de se distanciarem do judaísmo perseguido pelos romanos e de se tornarem mais aceitos dentro do próprio Império Romano.(Igreja Adventista do Sétimo Dia - http://setimodia.wordpress.com/2012/02/10/quem-mudou-o-dia-do-senhor-do-sabado-para-o-domingo/)

Tal declaração é contrária ao claro ensino de que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (domingo) e esse era o dia que os cristãos passaram a se reunir!

Stuart Olyott diz em seu artigo sobre o domingo, “O Senhor do ‘sabbath’ transferiu este dia (o sábado) para o primeiro dia da semana. Este foi o dia em que Ele ressuscitou dos mortos (Jo 20.1-18), apareceu aos discípulos (Jo 20.19, 26) e derramou o seu Espírito (At 2.1). Os apóstolos e a igreja primitiva guardavam com distinção o primeiro dia da semana (At 20.7; 1 Co 16.2)... Durante toda a história da igreja, o domingo tem sido observado como o “sabbath” dos cristãos. A evidência documental é unânime e retrocede a 74 D. C. Durante as piores perseguições, perguntava-se aos suspeitos de serem cristãos: “Dominicum Servasti?” (Você guarda o dia do Senhor?) Os verdadeiros crentes respondiam: “Eu sou um cristão, não posso deixar de fazer isso!” O que os crentes responderiam hoje?... O domingo, o dia do Senhor, é um dia de regozijo e satisfação (Sl 118.24; 112.1). A Palavra de Deus chama-o de deleite (Is 58.13). Deus nos deu esse dia como uma bênção para todos nós (Mc 2.27-28). Falando sobre a época evangélica, Isaías diz: “Bem-aventurado o homem que... se guarda de profanar o sábado” (Is 56.2)... As bênçãos do Dia do Senhor são visíveis a todos: recorda aos homens e mulheres caídos que existe um Deus a quem eles devem adorar; dá aos crentes a oportunidade de se reunirem ao redor da Palavra e, assim, mantém a vida espiritual deles; fornece oportunidades para a pregação do evangelho; fortalece os laços familiares; permite que toda a nação descanse; promove a saúde... e a lista poderia continuar... Como devemos usar o domingo? Com estes fatos em mente, podemos ver que, para nós, o domingo é o dia de descanso ordenado por Deus. É o dia que incorpora tudo o que é permanente e universal no Quarto Mandamento. Então, como devemos usá-lo? Para responder esta pergunta, temos de falar tanto negativa como positivamente.
O que não devemos fazer: Não devemos imitar os fariseus - O dia de descanso tem sua origem na Criação. Por um tempo, usou as vestes do Antigo Testamento. No entanto, agora está com uma roupagem do Novo Testamento. Isto significa que não podemos impor ao dia de descanso as regras mosaicas que já passaram, tais como as que encontramos em Êxodo 35.2-3 ou Números 15.32-36. Não devemos ter em mente uma lista de faça e não faça, tal como se lê em Mateus 12.1-2. À legislação de Moisés, os fariseus acrescentaram todo tipo de regras deles mesmos. Para os fariseus, esfregar o grão na mão era o mesmo que debulhá-lo. Eles também tinham regras a respeito de quanto peso se devia carregar e quão distante se podia caminhar no dia de descanso. Por trás de todas as regras dos fariseus, havia uma mentalidade que não tem qualquer lugar na vida de um crente do Novo Testamento. Não devemos trabalhar - Na Bíblia, a palavra “trabalhar” significa muito mais do que ganhar a vida. Também se refere aos deveres de nosso dia-a-dia, à nossa recreação e ao pensamento que motiva estas coisas. Quando for possível, todas estas coisas têm de ser colocadas de lado, tanto por nós como por aqueles pelos quais somos responsáveis. Devem ser colocadas de lado não porque somos pecadores ou impuros, e sim porque Deus nos ordenou que as fizéssemos-nos outros seis dias da semana (Êx 20.8-11). Não devemos ficar ociosos - O descanso de Deus, após a Criação, não foi inatividade, e sim o cessar de um tipo de atividade (Jo 5.17). O domingo deve ser um descanso santo que nos faz cessar um conjunto de objetivos para que sigamos outro conjunto de objetivos bastante diferentes. Não é um dia para vadiarmos por aí. O que devemos fazer? Devemos nos reunir com outros crentes - Devemos nos reunir, tanto formal como informalmente (At 2.1; 20.7; Jo 20.26). A Bíblia não delineia algum tipo de lista de atividades para o domingo, mas o princípio é claro. O domingo não é um dia para gastarmos sozinhos ou somente com a família. Devemos nos reunir especificamente para a edificação, ou seja, para edificarmos uns aos outros nas coisas de Deus. De tudo o que fizermos com este objetivo, o ensino da Palavra e a Ceia do Senhor são o mais importante (Atos 20.7). Devemos evangelizar - O Dia de Pentecostes começou com uma assembléia que visava a ajuda e ao encorajamento mútuos, mas a vinda do Espírito também consagrou aquele dia à evangelização. A vinda do Espírito Santo pode ser vista como um penhor de sua bênção nesta conexão (At 2). Devemos nos envolver em obras de misericórdia - É lícito fazer o bem no domingo, especialmente salvar vidas, curar e trabalhar pelo bem-estar espiritual dos outros (Lc 6.9; Mt 12.5; Lc 13.10-17; 14.1-6; Jo 5.6-9, 16-17). O domingo comemora o maior ato de misericórdia de todos os tempos. Todos podemos pensar em incontáveis maneiras de fazer o bem às pessoas, mas este aspecto da observação do domingo é amplamente esquecido. Aqueles que acham o domingo “monótono” quase sempre são pessoas que se tornaram egoístas. Devemos nos envolver em obras necessárias - Não podemos limitar isso apenas àquelas coisas necessárias à nossa sobrevivência, visto que, se assim fosse, passaríamos o dia somente respirando. O dia de descanso foi criado para o homem — em outras palavras, foi criado para o bem-estar do homem. Não há qualquer conflito entre guardar o domingo e seguir os nossos melhores interesses (Mt 12.1-8, 11-12). Continue, desfrute do domingo! Além das atividades já mencionadas, reúna-se com os amigos, prepare uma boa refeição para eles, converse, caminhe, sorria, ore, admire a criação de Deus e vá para a cama tendo um coração grato e contente.” (O Uso Correto do Dia do Senhor, por Stuart Olyott - http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=196)

Quão precioso é o domingo para o cristão! Sl 118:24 Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia.

O domingo deve ser o dia mais alegre para o cristão, pois é o dia que nós somos lembrados da salvação, redenção, libertação e justificação! Passamos de escravos do pecado para escravos de Cristo no domingo que Jesus ressuscitou!

At 20:7 No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir o pão, e Paulo falou ao povo. Pretendendo partir no dia seguinte, continuou falando até à meia-noite; Ap1:10 No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta,

** Como você se comporta no Dia do Senhor?
O seu domingo é bíblico ou mundano? O domingo na sua vida glorifica a Deus ou é apenas auto-glorificante?

Quais as desculpas que você dá para não estar na igreja no domingo?

A mudança radical: o Dia do Senhor passa a ser o primeiro dia da semana, o domingo! Foi no domingo que Jesus ressuscitou e trouxe justificação, foi no domingo que a igreja primitiva se reunia para adorar a Cristo e ter comunhão com o Seu corpo.

III – A VITÓRIA RADICAL (VS.4-6)
4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida. 5 Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. 6 "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto.

Aqui vemos a conquista radical de Jesus sobre a morte! Esses versículos nos narram o triunfo de Cristo sobre a sepultura!

v.4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Elas não ficaram se lamentando com as imensas dificuldades, elas não ficaram em depressão e sem motivação em meio às impossibilidades – elas foram em fé!

MAS, QUANDO FORAM VERIFICAR” --- Elas foram verificar! Elas sabiam que criam em um Deus onipotente. Elas conheciam o Deus em que criam!

Elas não sabiam que a pedra havia sido removida. Elas prepararam tudo e foram, pois elas sabiam que se fosse a vontade de Deus, Ele iria trazer homens para rolar aquela pedra.

Isso é fé! Fé não é ficar sentado dizendo que você crê. Fé é sempre colocada em prática através de ação (Veja Hebreus 11). Elas amam muito, pois foram muito perdoadas!

Elas deveriam saber a essa altura que Jesus havia ressuscitado, mas mesmo na fraqueza do entendimento elas demonstram zelo e paixão por Jesus!

viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida” --- O impossível, para o homem, foi feito!

Imaginemos a mente e o coração dessas mulheres ao verem a pedra removida! Elas ainda não entendiam sobre a crucificação.

Aqueles que são dirigidos por um zelo santo, na busca diligente por Cristo, verão que as dificuldades que são colocadas em seus caminhos desaparecem estranhamente e muitas vezes os ajudam muito além do que podia se imaginar.(Matthew Henry, Comentário em Marcos)

Quão admirável figura encontramos, nessa simples narrativa, da experiência de muitos crentes! Quão frequentemente os crentes sentem-se oprimidos e desanimados pela antecipação dos males. Mas, no momento da necessidade, descobrem que o motivo de seus temores foi retirado. Grande parte da ansiedade dos crentes deriva-se de coisas que, na realidade, nunca acontecem. Ficamos a considerar todas as possibilidades da jornada até ao céu. Maquinamos na imaginação toda espécie de cruzes e obstáculos. Preocupamo-nos mentalmente com as dificuldades não somente do dia de hoje, mas também com as do dia de amanhã. E assim, frequentemente, mui frequentemente, descobrimos que as nossas dúvidas e alarmes não tinham qualquer base e que as coisas que mais temíamos nunca chegaram a ocorrer. Por conseguinte, que todos nós oremos pedindo ao Senhor uma fé mais robusta e uma prática mais coerente. Avancemos corajosamente, e assim, com frequência, descobriremos que o leão, que há no caminho, está acorrentado e que a aparente sebe de espinhos não passa de uma miragem.(J.C. Ryle, Meditações no Evangelho de Marcos, Fiel, pg 212)

COMO A PEDRA FOI REMOVIDA?   Mt 28:1-2 Depois do sábado, tendo começado o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2 E eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela.

Naquela noite Deus havia feito a terra tremer! Deus enviou anjos e tremeu a terra! Esses anjos rolaram a pedra! Aqueles anjos removeram a pedra!

Terremotos simbolizavam muitas vezes o julgamento do Senhor! Ez 38:18-19 É isto que acontecerá naquele dia: Quando Gogue atacar Israel, será despertado o meu furor, palavra do Soberano Senhor. 19 Em meu zelo e em meu grande furor declaro que naquela época haverá um grande terremoto em Israel. Portanto, esse terremoto é uma declaração de julgamento sobre os homens que condenaram Jesus!

É como se o martelo divino tivesse batido na mesa do tribunal e os anjos abriram o sepulcro proclamando a justiça e vindicação de Jesus! Jesus não arrombou de forma ilegal, os agentes celestiais abriram as ‘celas’!

** Foi nesse terremoto que algumas sepulturas foram abertas e algumas pessoas ressuscitaram e foram para a cidade (Mt 27:52-53; comp. Ez 37:12-13). Deus estava proclamando o início de uma nova ordem!

E OS GUARDAS?   Mt 28:2-4,11-15 E eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela. 3 Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4 Os guardas tremeram de medo e ficaram como mortos. 11 Enquanto as mulheres estavam a caminho, alguns dos guardas dirigiram-se à cidade e contaram aos chefes dos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12 Quando os chefes dos sacerdotes se reuniram com os líderes religiosos, elaboraram um plano. Deram aos soldados grande soma de dinheiro, 13 dizendo-lhes: "Vocês devem declarar o seguinte: ‘Os discípulos dele vieram durante a noite e furtaram o corpo, enquanto estávamos dormindo’. 14 Se isso chegar aos ouvidos do governador, nós lhe daremos explicações e livraremos vocês de qualquer problema". 15 Assim, os soldados receberam o dinheiro e fizeram como tinham sido instruídos. E esta versão se divulgou entre os judeus até o dia de hoje.

Quando os anjos chegaram e a pedra foi rolada, os guardas caíram como mortos! Eles, que haviam ido guardar o corpo de um morto, caíram como mortos! O terror daquele momento foi tão grande que eles caíram e apagaram por alguns minutos. Quando eles acordaram os soldados saíram correndo assustados e apavorados!

Eu não queria estar na pele daqueles soldados. Eles sabiam que Jesus era um homem inocente, portanto quando o solo tremeu e os anjos apareceram para remover a pedra, os soldados foram tomados por pânico! [algo semelhante a Manoá em Juízes 13] Se esses homens, que eram valentes e guerreiros, tremeram e caíram diante de dois anjos, o que será das pessoas no dia que Jesus voltar com seus milhares de anjos?

Mc 16:4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.

Quão profunda essa declaração! A pedra havia sido removida. A pedra não foi removida apenas para que Jesus saísse do sepulcro, mas para que nós pudéssemos entrar! A pedra foi rolada para que cada um de nós possa entrar e contemplar aquela sepultura vazia!

Que todos entrem e se admirem na verdade de que Cristo venceu a morte! Para o cristão a morte foi vencida!

5 Entrando no sepulcro, viram um jovem [essa era uma forma normal de descrever os anjos] vestido de roupas brancas assentado à direita [Marcos só descrê um anjo, pois ele foca no que fala, apesar de ter dois anjos], e ficaram amedrontadas. 6 "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto.

Não se aflijam mais os que estão de luto em torno do sepulcro, como os que estão sem esperança; pois como Jesus Cristo ressuscitou, os mortos em Cristo ressuscitarão também. Enxuguem essas lágrimas, pois a tumba do crente já não é mais um lugar para lamentações, mas sim a passagem à imortalidade; não passa de um armário no qual o espírito pendurará suas roupas, cansado depois de sua viagem terrena, para vesti-las de novo em uma manhã mais resplandecente, quando elas serão brancas e formosas como nenhum lavador teria podido branquear... Você espera morrer logo? O verme está na raiz do arbusto? Tem o vermelho da tuberculose em suas faces? [O câncer está te devorando] Oh, vem e sente-se sobre essa pedra [a pedra do sepulcro que foi rolada], e considere isso: a morte perdeu agora seu terror, pois Jesus ressuscitou do sepulcro. Venham vocês também, vocês, pessoas frágeis e trêmulas, e desafiem à morte e o inferno. O anjo deixará livre o seu assento para que vocês se assentem diante do olhar do inimigo. Ainda que seja só uma humilde mulher, ou um homem quebrantado, pálido e abatido, oprimido pelos longos anos da enfermidade persistente, você [hoje] pode desafiar todas as hostes do inferno, enquanto descansa sobre essa preciosa verdade: ‘Não está aqui, mas sim ressuscitou: deixou os mortos, para não morrer mais.’” (Spurgeon)

A mensagem do anjo na sepultura é o Evangelho de Cristo! O Jesus de Nazaré (aquele que começou em Nazaré e foi desprezado) venceu o pior de todos os inimigos – a morte!

Nenhum outro líder ressuscitou dos mortos – Confúcio morreu, Buda morreu, Maomé morreu, Moisés morreu, Kardec morreu, Gandhi morreu, Madre Teresa de Calcutá morreu – mas Jesus está vivo! Aqueles que não acreditam na ressurreição de Jesus afirmam que o cristianismo é inútil que o cristão é digno de dó. Não existe meio termo e nem campo neutro!
I Co 15: 14, 17 e 19 14 se Cristo não ressuscitou, é inútil [κενός -- vazio, sem utilidade, tolice]a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. 17 E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados, 19 Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.

Quão importante e preciosa é a mensagem da ressurreição de Jesus! Quão impossível é ter Jesus como um mero mestre de éticas e um grande filósofo sem tê-Lo como Senhor e Salvador!

CONCLUSÃO:

Que saiamos daqui encorajados e exortados pelas verdades vistas na Palavra de Deus sobre:

1 – O Amor Radical --- aquelas mulheres, com todos os defeitos delas, nos mostram o que é amar e servir a Jesus!

Por qual motivo vemos tão pouco desse fortíssimo amor a Jesus, entre os crentes hoje? Por que tão raramente nos deparamos com santos que enfrentarão qualquer perigo, que passarão pelo fogo e pela água, por amor a Cristo? Só há uma resposta. É por causa da debilidade da fé do baixo senso de obrigação para Cristo, que prevalece tão largamente entre nós. Um baixo e fraco senso de pecado sempre produzirá um baixo e frágil senso de valor da salvação. Um irrelevante senso de nossa dívida para com Deus sempre será acompanhado por um senso superficial quanto ao que devemos por nossa redenção. A pessoa que sente o quanto lhe foi perdoado é a que muito ama. ‘Aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama’ (Lc 7:47)(J.C. Ryle, Meditações no Evangelho de Marcos, Fiel, pg 212)

2 – A Mudança Radical --- o grande dia para o cristão é o domingo, pois é o dia que celebramos a ressurreição de Jesus e consequentemente nossa salvação, justificação e redenção! O domingo é o Dia do Senhor, Ele é quem deve ser glorificado e exaltado nesse dia!

3 – A Vitória Radical --- Deus rolou aquela pedra para que todos nós possamos entrar e contemplar a vitória sobre a morte. Cristo venceu a sepultura e fez da morte a ponte para a eternidade para todo aquele que pela fé se arrepende dos pecados e crê em Jesus como Senhor e Salvador.

No próximo sermão nós continuaremos dentro do sepulcro contemplando o triunfo de Cristo e encerraremos, se Deus assim permitir, esse evangelho maravilhoso!