terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte IV - Marcos 13:24-31

Série de Sermões em Marcos
Título: Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte IV - Marcos 13:24-31
Pregado na manhã de Domingo, do dia 19 de Fevereiro de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

Versão em vídeo

Marcos 13:24-31 24 "Mas naqueles dias, após aquela tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; 25 as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’. 26 "Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27 E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu. 28 "Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. 29 Assim também, quando virem estas coisas acontecendo, saibam que ele está próximo, às portas. 30 Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam. 31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão".

Introdução e Contextualização:
As pessoas são fascinadas com as histórias e todos os mistérios sobre o fim dos tempos. A história da igreja está repleta de pessoas que profetizaram o fim do mundo, declararam a data da volta de Jesus, porém nada ocorreu! Até a nossa histórica Guerra de Canudos (1897) foi alvo dessa fascinação. Antônio Conselheiro cria que a República era o anticristo e que todas as mudanças que estavam ocorrendo apontavam para o fim do mundo.
No ano passado (2011) tivemos outro caso que ficou bem conhecido – Harold Camping [que já havia profetizado a volta de Jesus para 1994] falou que o fim do mundo chegaria em 21 de maio de 2011. Bem, essa data passou e aqui estamos nós.
As pessoas adoram procurar sinais nos acontecimentos históricos como fundamento para a interpretação de passagens bíblicas! Eventos como a restauração de Israel em 1948, os exércitos russos, o crescimento do islamismo e presidentes de nações são um prato cheio para essas pessoas.
Em dias em que as pessoas são levadas por todo vento de doutrina com relação aos ensinos sobre o fim dos tempos, que os avisos de Jesus para os Seus discípulos em Marcos 13 tenham efeito em nós - “Cuidado!”, “Fiquem atentos!”. Que a nossa atenção esteja nos claros ensinos do nosso Senhor. Que possamos entender as palavras de Jesus nesse maravilhoso discurso para podermos estar firmes e seguros na sã doutrina!

CONTEXTO:
Após um dia de intensos e raivosos debates dentro do templo (11:27-12:44), Jesus e Seus discípulos abandonam àquele lugar (13:1a) – simbolizando o julgamento de Deus sobre aquele lugar. Enquanto eles saiam, um dos discípulos comenta sobre o templo e a cidade de Jerusalém (13:1b). Muito mais que um mero comentário de um caipira da Galiléia na cidade de Jerusalém, as palavras do discípulo são uma tentativa de encorajar e animar Jesus. Aqueles homens ainda tinham como base da fé deles a Teologia de Sião, na qual as pessoas eram encorajadas a olhar para o templo, andar pela cidade e meditar na segurança e esperança que eles refletiam (Sl 48; 132 [vs 7-8,13-15]; 134).
A resposta de Jesus é chocante, pois ao invés de concordar com a Teologia de Sião, Jesus libera palavras inimagináveis (13:2). Jesus promete a destruição daquele lugar. Mas Ele não estava falando da construção em si, mas sim de tudo o que aquele templo representava. O templo representava uma religião incapaz de promover o verdadeiro perdão; o templo apontava para Cristo. É na morte de Jesus, quando o véu é rasgado e o sangue de Cristo derramado, que o templo é totalmente destruído – a partir daquele momento, naquele lugar, aquela religião é cumprida e perde todo o valor. Essas foram as últimas palavras de Jesus em público, e a partir de então as pessoas começam a rejeitar Jesus - a euforia acaba e ódio daqueles que antes O apoiavam começa a crescer.
Mais tarde Jesus se encontra no Monte das Oliveiras de frente para o templo – a imagem é de Jesus, a glória de Deus abandonando o templo e se posicionando como um inimigo daquele sistema (Ez 11:22-23; Zc 14:3-4). Os discípulos, quando em particular (13:3), perguntam sobre o evento profetizado por Jesus. Pois para eles o templo era o lugar de reinado do Messias. O templo era a garantia de vitória. Como poderia Jesus falar que aquele lugar seria destruído?
Eles fazem duas perguntas (13:4): 1) Quando? – essa é uma pergunta normal e esperada; 2) Quais os sinais? – essa pergunta é um problema, pois como Marcos nos mostra, quem pedia por sinais eram os hipócritas e inimigos de Jesus. Jesus passa grande parte do discurso alertando Seus discípulos sobre os perigos da busca por sinais (13:5,9 – cuidado!). Ao invés de procurar sinais eles devem cuidar de suas próprias vidas, pois os dias são terríveis – esses são os últimos dias de Israel como foram profetizados pelos profetas (Sf 1:7-8; Joel 2:31; Malaquias 4:5). Jesus os lembra que eles não são meros espectadores e que a prioridade é o compromisso em pregar o Evangelho e perseverar nessa tarefa (13:10,13).
O versículo 14 traz uma mudança [a sentença começa com a conjunção ‘mas’]. Se os versículos 5-13 não apontam para sinais, o versículo 14 começa a sinalizar a destruição do templo. Os versículos 14-23 relatam um grande sinal – o sacrilégio terrível - e com ele a tribulação mais severa da história da humanidade, que sinalizariam a chegada do fim. E esses seriam tempos tão terríveis que só lhes restariam fugir e orar pela graça de Deus!
Jesus passa agora a responder QUANDO tudo isso irá ocorrer (vs.24-31), respondendo assim a primeira pergunta do discípulo (v.4).

DIVISÃO DO ESTUDO:
I – O TERRÍVEL JULGAMENTO (Vs.24-25)
II – A MARAVILHOSA VINDA DO FILHO DO HOMEM (V.26)
III – O SOBERANO PODER (V.27)
IV – QUANDO SERÁ TUDO ISSO (Vs.28-31)



I – O TERRÍVEL JULGAMENTO (VS.24-25)
24"Mas naqueles dias, após aquela tribulação, ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz; 25 as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados’.
Ἀλλὰ ἐν ἐκείναις ταῖς ἡμέραις μετὰ τὴν θλῖψιν ἐκείνην ὁ ἥλιος σκοτισθήσεται, καὶ ἡ σελήνη οὐ δώσει τὸ φέγγος αὐτῆς,

A primeira palavra usada por Jesus é de extrema importância no fluir do Seu discurso, pois agora Ele mostra qual é o verdadeiro sinal da destruição do templo.
Ἀλλὰ -- conjunção adversativa [forte] – essa palavra nos adverte sobre algo, um contraste.

“Ela (a conjunção) indica um contraste sobre o que foi dito e o que há de vir, mas esse contraste não é necessariamente um contraste de tempo, mas na escala dos eventos, assim nós nos movemos das preliminares para o ápice da visão de Jesus.” (R.T. France, The New International Greek Testament Commentary on Mark, Eerdmans, pg 532)

Até aqui Jesus falou sobre quais não são os sinais (vs.5-13) e as preliminares (vs.14-23) do evento catastrófico proferido por Ele em 13:2. Agora ele começa a descrever quais serão os sinais claros de quando o evento ocorrerá!

“MAS NAQUELES DIAS APÓS AQUELA TRIBULAÇÃO” – Muitos acham que Jesus passa da destruição de Jerusalém em 70 d.C. para a segunda volta aqui. Mas o contexto nos mostra que Jesus está falando do mesmo evento – a destruição total do sistema religioso judaico!

“O que é descrito nesses versículos acontecerá no mesmo período de tempo que os eventos descritos em vs.14-22.” (R.T. France, The New International Greek Testament Commentary on Mark, Eerdmans, pg 532)
A repetição da palavra ‘tribulação’ [θλῖψις] (ver v.19) nos mostra que se trata do mesmo evento e do mesmo tempo.

‘MAS NAQUELES DIAS’ - Jesus está falando que tudo ocorrerá no mesmo período de tempo. Ele NÃO pula de 33 d.C. para 70 d.C. e depois passa para a Sua segunda volta no fim do mundo (num futuro distante). 

‘APÓS AQUELA TRIBULAÇÃO’ – Que tribulação é essa? Como nós vimos, o período de pior tribulação já vista e que será vista na história da humanidade - foi o processo da crucificação de Jesus.

“Naqueles dias [dias da pior tribulação, quando haverá o sacrilégio terrível] após a terrível tribulação – toda agônia, sofrimento, julgamento e a crucificação de Jesus”

 ‘O SOL ESCURECERÁ E A LUA NÃO DARÁ A SUA LUZ; V25 AS ESTRELAS CAIRÃO DO CÉU E OS PODERES CELESTES SERÃO ABALADOS’

A linguagem e o vocabulário de Jesus nos versículos 24 e 25 são a mesma linguagem e vocabulário usados pelos profetas no Antigo Testamento.

As trevas e escuridão simbolizam:
1 – Pranto e lamentação - a escuridão apontava para um tempo de luto e pranto [Jr 4:27-28].
2 – No mundo antigo a escuridão durante o dia apontava para a morte de grandes homens – reis e imperadores.

Mas o mais provável simbolismo é que as trevas e a escuridão falam do julgamento de Deus. No A.T. vemos os profetas usando a escuridão como símbolo do julgamento de Deus sobre as nações.   

O SOL ESCURECERÁ E A LUA NÃO DARÁ A SUA LUZ – TREVAS!
Ez 32:7 – oráculo de condenação para o Egito - Quando eu o extinguir, cobrirei o céu e escurecerei as suas estrelas; cobrirei o sol com uma nuvem, e a lua não dará a sua luz. 8 Todas as estrelas que brilham nos céus, eu as escurecerei sobre você, e trarei escuridão sobre a sua terra, palavra do Soberano Senhor. 9 Perturbarei os corações de muitos povos quando eu provocar a sua destruição entre as nações, em terras que você não conheceu.
Amós 8:9 “Naquele dia”, declara o SENHOR, o Soberano: “Farei o sol se pôr ao meio-dia e em plena luz do dia escurecerei a terra.
Is 13:10 9 Vejam! O dia do Senhor está perto, dia cruel, de ira e grande furor, para devastar a terra e destruir os seus pecadores. 10 As estrelas do céu e as suas constelações não mostrarão a sua luz. O sol nascente escurecerá, e a lua não fará brilhar a sua luz. 11 Castigarei o mundo por causa da sua maldade, os ímpios pela sua iniqüidade. Darei fim à arrogância dos altivos e humilharei o orgulho dos cruéis. 12 Tornarei o homem mais escasso do que o ouro puro, mais raro do que o ouro de Ofir. 13 Por isso farei o céu tremer; e a terra se moverá do seu lugar diante da ira do Senhor dos Exércitos, no dia do furor da sua ira.
Joel 2:10 Diante deles a terra treme, o céu estremece, o sol e a lua escurecem, e as estrelas param de brilhar 11 O Senhor levanta a sua voz à frente do seu exército; Como é grande o seu exército! Como são poderosos os que obedecem à sua ordem! Como é grande o dia do Senhor! Como será terrível! Quem poderá suportá-lo?;2:31 O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor [Pedro interpreta essa profecia com a crucificação e ascensão de Jesus e a vinda do Espírito em Atos 2]; 3:15 14 Multidões, multidões no vale da Decisão! Pois o dia do Senhor está próximo, no vale da Decisão.15 O sol e a lua escurecerão, e as estrelas já não brilharão. 16 O Senhor rugirá de Sião e de Jerusalém levantará a sua voz; a terra e o céu tremerão. Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo, uma fortaleza para Israel.
Sofonias 1:15 14O grande dia do Senhor está próximo; está próximo e logo vem. Ouçam! O dia do Senhor será amargo; até os guerreiros gritarão. 15 Aquele dia será um dia de ira, dia de aflição e angústia, dia de sofrimento e ruína, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e negridão,


“O Antigo Testamento usa a escuridão como uma imagem de julgamento, principalmente, para o dia do Senhor. A escuridão estava entre as pragas de Deus no Egito.” (Peter Bolt, The Cross from a Distance – Atonement in Mark´s Gospel, IVP, pg 126) 

Ex. 10:21-22 21Então disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se apalpem. 22 E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias.

Antes do último ato de julgamento – quando o anjo da morte visitou o Egito, antes da Páscoa – antes da libertação de Israel, a escuridão ficou presente por três dias no Egito!
“Como um sinal que a terra estava sob a maldição de Deus, as pessoas tropeçaram na profunda escuridão, uma escuridão que podia ser sentida.” (Peter Bolt, The Cross from a Distance – Atonement in Mark´s Gospel, IVP, pg 126)

As trevas, relatadas por Jesus, apontam para o grande e terrível Dia do Senhor! Dia em que Deus visita a terra com Seu julgamento.
O grande e terrível Dia do Senhor veio de forma especial na morte de Jesus. É lá na cruz que o Senhor julga os pecados do Seu povo transferindo-os para Jesus!

É aquele Dia do Senhor. Assim como ocorreu com Israel no Egito, as trevas antecederam o grande êxodo! Agora essas trevas não falam mais sobre um êxodo físico, mas sim espiritual, a libertação do povo de Deus!

v.24 “Mas naqueles dias [no tempo do sacrilégio terrível e da pior tribulação], após aquela tribulação [todo o processo de traição, julgamento, espancamento e crucificação de Jesus] ‘o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz’ [chegará, então, o grande e terrível Dia do Senhor – dia de julgamento e maldição sobre toda a humanidade].”

É exatamente isso o que ocorre na crucificação de Jesus, após toda a tribulação: Mc 15:33 29 Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: "Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias, 30 desça da cruz e salve-se a si mesmo!"31 Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, dizendo: "Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo. 32 O Cristo, o Rei de Israel... Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos! " Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33 E houve trevas sobre toda a terra, do meio dia às três horas da tarde.
Essas trevas mostram que o Senhor está em processo de julgamento! Esse julgamento na morte de Jesus envolve vários aspectos:
- Os nossos pecados são julgado em Jesus. Assim Jesus é julgado em nosso lugar.
- Os povos são julgados. As nações e todos os reinos são julgados [ver Daniel 7].
- Israel e todo aquele sistema religioso, juntamente com o templo, são julgados!

Toda aquela escuridão e as trevas apontavam para o julgamento de Deus, a morte de um rei e com isso um tempo de pranto e lamentação [ver Marcos 2:20].

Com a escuridão [o julgamento de Deus] – virão as consequências desse julgamento!
v. 25 ‘AS ESTRELAS CAIRÃO DO CÉU E OS PODERES CELESTES SERÃO ABALADOS’ --
Algumas pessoas ficam procurando estrelas, literalmente, caindo do céu como sinais da 2° volta de Jesus. Pessoas ficam à procura de meteoros como sinais de que Jesus está voltando. Mas isso é interpretar de forma errada o texto.

QUAL O SIMBOLISMO DAS ESTRELAS CAINDO?

No A.T. as estrelas caindo e os poderes celestes sendo abalados representam o julgamento de Deus na queda dos poderes políticos terrenos.

Em Isaias 14 no oráculo contra o rei da Babilônia, ele é chamado de ‘a estrela da manhã que caiu – representando o julgamento sobre o grande rei da Babilônia.

Is 34:4 1 Aproximem-se, nações, e escutem: prestem atenção, ó povos! Que o ouçam a terra e tudo o que nela há, o mundo e tudo o que dele procede! 2 O Senhor está indignado contra todas as nações; sua ira está contra todos os seus exércitos. Ele os destruirá totalmente, ele os entregará à matança. 3 Seus mortos serão lançados fora e os seus cadáveres exalarão mau cheiro; os montes se encharcarão do sangue deles. 4 As estrelas dos céus serão todas dissolvidas, e os ceús se enrolarão como um pergaminho; todo o exército celeste cairá como folhas secas da videira e da figueira.

“No contexto profético original, portanto, essa linguagem ‘cósmica’ transmite um simbolismo poderoso de mudanças politicas dentro da história mundial.” (R.T. France, The New International Greek Testament Commentary on Mark, Eerdmans, pg 533)

A linguagem usada por Jesus aponta para um evento catastrófico, no qual os poderes políticos e mundiais serão reestruturados.

“O que é mais surpreendente sobre o uso dessa linguagem por Jesus nesse contexto não é que ele usa a mesma imagem dos profetas, mas que ele usa essa imagem para com o destino final de Jerusalém e o templo. Na maioria das vezes que essa imagem era usada pelos profetas ela era destinada a alguma nação gentia. Mas agora ela é destinada a própria Jerusalém.” (R.T. France, The New International Greek Testament Commentary on Mark, Eerdmans, pg 533)

A linguagem aponta para o fim da antiga ordem. Os poderes e autoridades são verdadeiramente reestruturados – agora eles passam para Jesus – que venceu a morte e ascendeu aos céus!
No grande e terrível Dia do Senhor – todos foram julgados: as nações perderam sua autoridade e Jerusalém perdeu o templo!
Ver Daniel 2 e 7 (vs.13-14)

É exatamente isso o que ocorre no processo da crucificação e ascensão de Cristo!
O abalo cósmico tem seu perfeito cumprimento na crucificação, ascensão e exaltação de Jesus – quando Ele recebe a autoridade e domínio sobre todos os povos!

II – A MARAVILHOSA VINDA DO FILHO DO HOMEM (V.26)
26 "Então se verá o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e glória.

A sequência de eventos que precedem a destruição total de toda a antiga ordem continua! O uso de ‘e então’ [καὶ τότε] nos mostra a sequência de eventos.

O versículo 26 contém a chave para a interpretação do discurso todo!
“A vinda do Filho do Homem é o evento que possui a chave para a interpretação desse discurso e, portanto, de todo o capítulo 13 de Marcos.” (Peter Bolt, The Cross from a Distance – Atonement in Mark´s Gospel, IVP, pg 94)

Os versículos 24 e 25 falam sobre um terrível julgamento – com o fim da antiga ordem, e os versículos 26 e 27 falam sobre o aspecto positivo desse julgamento: a inauguração da nova ordem com um novo reinado e um novo representante.

MAS O QUE É A ‘VINDA DO FILHO DO HOMEM NAS NUVENS’?

Muitos interpretam essa passagem como se referindo a vinda de Jesus dos céus para a terra.

Mas isso implica em uma leitura deturpada de Daniel 7:13-14. O problema fica mais grave, pois quando interpretamos que o Filho do Homem está vindo dos céus para a terra nós fazemos Jesus culpado por essa aplicação e leitura errada do texto de Daniel.

A ‘vinda do Filho do Homem’ é uma citação de Daniel 7:12-14 - 12E foi tirada a autoridade dos outros animais, mas eles tiveram permissão para viver por um período de tempo.13 "Na minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de um homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. 14 A ele foram dados autoridade, glória e reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.

A visão que Daniel teve foi da história da humanidade, com reinos se levantando contra reinos (compare com Mc 13:7-8). Em seguida o profeta vê uma cena de julgamento com o Ancião dos Dias tomando o Seu lugar na corte e os livros sendo abertos (7:9-10). Em seguida o domínio é retirado das nações (v.12) e Daniel vê uma figura humana e divina que vai, nas nuvens, ao Ancião dos Dias e recebe um trono, autoridade, glória e um domínio eterno.

A linguagem é semelhante a Daniel 2:44 e 4:34 que falam do domínio eterno de Deus sobre os domínios da terra.

A questão é: Quando a profecia de Daniel 7:13-14 foi cumprida?
Daniel perguntou quando isso tudo ocorreria, mas lhe foi prometido que ele não veria esses eventos (cap. 12). O que ele tanto ansiava ver, Jesus nos diz que os discípulos viram (Lc 10:24; I Pe 1:10-11).

Jesus prometeu a mesma coisa em Marcos 14:62 – 60 Depois o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: "Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem?" 61Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: "Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" 62 "Sou", disse Jesus. "E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu". 63 O sumo sacerdote, rasgando as próprias vestes, perguntou: "Por que precisamos de mais testemunhas? 64 Vocês ouviram a blasfêmia. Que acham?" Todos o julgaram digno de morte.

A própria Bíblia nos diz quando essa profecia foi cumprida. Daniel 7:13-14 foi cumprido na ascensão de Jesus. Os grandes teólogos na história da igreja defendem a posição que Daniel 7:13-14 foi cumprido com a ascensão e exaltação de Jesus. Calvino comentando sobre Daniel 7 disse, “Essa passagem, portanto, sem a menor sombra de dúvida, deve ser recebida como a ascensão de Cristo, quando ele cessou de ser um ser mortal.”

É no processo da morte, ressurreição, ascensão e exaltação de Jesus que todos os poderes políticos e religiosos perdem a autoridade e essa autoridade é transferida a Jesus – quando o Filho do Homem vai nas nuvens até a presença do Ancião dos Dias e recebe dEle todo poder e autoridade!

Vemos isso através do Novo Testamento:
Mc 16:19 Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus; Mt 28:19 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”; At 1:9-11 Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. 10 E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, 11 que lhes disseram: "Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir"; At 7:55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus de pé, à direita de Deus, 56 e disse: "Vejo o céu aberto e o Filho do homem de pé, à direita de Deus"; Ef 1:20-23  Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais, 21 muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir. 22 Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas para a igreja, 23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância; Fp 2:8-11 E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! 9 Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai; Hb 1:1-3 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; I Pe 3:22 - por meio da ressurreição de Jesus Cristo, 22 que subiu ao céu e está à direita de Deus; a ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes; Ap 1:17-18 Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: "Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último. 18 Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades; Ap 5:6-13 Então vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, de pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra. 7 Ele se aproximou e recebeu o livro da mão direita daquele que estava assentado no trono.8 Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos;9 e eles cantavam um cântico novo: "Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação. 10Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra".11 Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os anciãos, 12 e cantavam em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor!" 13Depois ouvi todas as criaturas existentes no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles há, que diziam: "Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre! "

Fica claro que Jesus não estava falando de uma segunda vinda. Até mesmo porque os discípulos não entendiam nada sobre a morte e ressurreição do Messias, quanto menos sobre uma eventual segunda vinda.
Jesus está falando sobre a sua chegada ao trono do Ancião dos Dias e do recebimento de todo poder, glória, autoridade e domínio, que ocorreu na Sua exaltação, não na segunda vinda, nem na destruição do templo em 70 d.C.

Após a ascensão de Jesus o título Filho do Homem quase não é usado, pois Ele cumpriu esse papel. Toda vez que há uma referencia a Jesus como o Filho do Homem - Ele é visto já no trono celestial, reinando e governando!
Todo poder, autoridade e domínio foram dados a Jesus em Sua ascensão! Hoje, Ele reina!

Eles não precisam buscar sinais, pois isso irá distraí-los, o que eles verão será o suficiente!

III – O SOBERANO PODER (V.27)
27 E ele enviará os seus anjos e reunirá os seus eleitos dos quatro ventos, dos confins da terra até os confins do céu.

Após a vitória sobre a pior de todas as tribulações, após receber todo o domínio e autoridade, o Filho do Homem se assenta no Seu trono no céu e governa tudo. A Sua grande prioridade é reunir o Seu povo, Seus eleitos!

Os versículos 26 e 27 são o cumprimento das profecias de Daniel 7:13-14 e Zacarias 2:1-10!

Zc 2:6 "Atenção! Atenção! Fujam da terra do norte", declara o Senhor, "porque eu os espalhei aos quatro ventos da terra", diz o Senhor – Agora o Senhor começou a reunir os Seus eleitos!

“OS SEUS ANJOS REUNIRÁ OS SEUS ELEITOS” --- ‘anjos’ não significa necessariamente seres celestiais, a palavra ἄγγελος pode simplesmente significar um mensageiro.
“Pelo contexto, nós podemos assumir que Jesus está falando sobre um evangelismo mundial e conversão das nações que ocorrerá após a destruição de Israel.” (David Chilton, Paradise Restored, Dominion Press, pg 103)

É interessante que na profecia de Daniel 7, o Filho do Homem divide a Sua autoridade com o Seu povo. Como Jesus agrupa os seus eleitos hoje? Através da pregação da Palavra – e isso é feito através da autoridade que nos é passada por Ele!

Após a destruição do templo [que representa todo um sistema religioso incapaz de promover perdão de pecados], Jesus ascendeu à presença do Ancião dos Dias, recebeu poder e autoridade. Hoje Ele reina e está ‘sinagogando’ [ἐπισυνάγω verbo grego para agrupar, raiz da palavra sinagoga] Seus eleitos!
E os está agrupando através da pregação do Evangelho, que é a autoridade e o poder dado ao Seu povo (ver Rm 1:15)!

O templo de Jerusalém foi destruído, mas agora, com o agrupamento dos eleitos, um novo templo está sendo construído (Ef 2:17-22; I Pe 2:4-9). A tenda caída de Davi está sendo restaurada (At 15). O Senhor Jesus – através de seus mensageiros – está agrupando seus eleitos e construindo um maravilhoso templo, não mais feito por mãos de homens!

Jesus ascendeu e hoje reina! Ele está reinando e ajuntando seu povo – construindo um maravilhoso templo!
Marcos 16 nos mostra o cumprimento dessas palavras: 16:4 Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida. 5 Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à direita, e ficaram amedrontadas. 6 "Não tenham medo", disse ele. "Vocês estão procurando Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou! Não está aqui. Vejam o lugar onde o haviam posto. 7 Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: ‘Ele está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse’ "... v.14 Mais tarde Jesus apareceu aos Onze enquanto eles comiam; censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto. E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. v.20 Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.

Todo o restante do N.T. nos mostra isso!

IV – QUANDO SERÁ TUDO ISSO (VS.28-31)
28 "Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. 29 Assim também, quando virem estas coisas acontecendo, saibam que ele está próximo, às portas. 30 Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam. 31 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão".

Versículos 28 e 29 tratam de uma parábola de Jesus sobre os sinais da chegada do verão – o tempo de colher os frutos. Mais uma vez Jesus está alertando Seus discípulos a estarem atentos!
É interessante notarmos que Jesus usa uma figueira [símbolo de Israel e do templo – ver 11:12-14].
O que Jesus está dizendo é que quando os discípulos começarem a ver os sinais [vs.14-25] – as folhas brotando e os ramos se renovando – então é porque o tempo chegou!
Quando o verão chega, então os frutos são colhidos!

Jesus poderia estar se referindo a Amós: Amós 8:2 E disse: Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então o SENHOR me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.
Veja o paralelo entre ‘frutos do verão’ e o ‘fim de Israel’!

v.30 – Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam

A resposta da primeira pergunta [v.4 – quando?] é dada com total clareza no versículo 30!

Esse versículo é outra chave importante para interpretar corretamente essa passagem: Jesus promete Seus discípulos que eles veriam isso tudo.
Muitos tentam interpretar a palavra ‘geração’ como ‘raça’, assim, Jesus estaria dizendo que a raça dos judeus não terminaria até que todas essas coisas ocorressem. O grande problema é que a palavra ‘geração’ (Gk. γενεὰ) não se refere à raça no Novo Testamento.

“Aqueles que nascem no mesmo tempo constituem uma geração (genea)” (The NIV Theological Dictionary of New Testament Words, Zondervan, pg 243)

“A conclusão é que os eventos profetizados ocorreram durante a vida da geração que estava vivendo.” (David Chilton, Paradise Restored, Dominion Press, pg 86)

“Aquelas pessoas que estavam ali, enquanto Jesus falava, estariam vivas para ver o cumprimento dessas palavras.”  (R.T. France, The New International Greek Testament Commentary on Mark, Eerdmans, pg 539) 

Jesus já havia feito promessa semelhante aos Seus discípulos:
Mc 9:1 E lhes disse: "Garanto-lhes que alguns dos que aqui estão de modo nenhum experimentarão a morte, antes de verem o Reino de Deus vindo com poder".

Portanto, fica claro que o que Jesus está prometendo iria ocorrer na vida dos discípulos, não se trata de eventos sobre o fim do mundo.

V. 4 Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir
V.30  Eu lhes asseguro que não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam.

Todas as coisas faladas e prometidas por Jesus tinham de ocorrer durante a vida daqueles discípulos. E como podemos ver pelo contexto todo – tudo isso ocorreu verdadeiramente durante a vida dos discípulos! Eles viram o sacrilégio terrível, a pior de todas as tribulações e a vinda do Filho do Homem!

v.31 – O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão

Esse versículo é uma confirmação da veracidade e da confiabilidade das palavras de Jesus!
As palavras de Jesus são colocadas no mesmo nível e padrão das do próprio Deus.

Is 40:7-8 A relva murcha e cai a sua flor, quando o vento do Senhor sopra sobre eles; o povo não passa de relva. 8 A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre.

O foco dessas palavras está na veracidade de que a destruição do templo virá – que Suas palavras são a mais pura verdade. Mas é interessante que Jesus fala que o fim do mundo virá, mas as palavras dEle permanecerão.
Com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus nós temos o fim de toda uma antiga ordem e criação [os céus e a terra passaram], mas as palavras de Jesus permaneceram e permanecerão por toda a eternidade!


CONCLUSÃO:

1 – Durante a crucificação, ressurreição e ascensão de Jesus o sol escureceu e as estrelas caíram! Houve verdadeiramente uma catástrofe cósmica – toda a antiga criação, toda a antiga ordem foi julgada. As ‘estrelas’ caíram, o poder e a autoridade foram transferidos para Jesus.

2– As palavras de Jesus são verdadeiras! O que há de mais confiável e de mais segurança nesse mundo caído são as palavras de Jesus. Se assegure as palavras de Jesus, pois elas são verdades e só elas podem te libertar da escravidão do pecado! Só a verdade da palavra de Jesus pode te santificar e te transformar! [Jo 8:32 Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. 32 E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará";17:17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.]
Não são as palavras de Gandhi, nem de Buda e nem de nenhum outro homem, mas somente as palavras de Jesus Cristo é que podem te trazer vida e esperança! 

3 – Jesus, o Filho do Homem, ascendeu, está sentado à direita do Pai e hoje Ele está agrupando os Seus eleitos!
Para os cristãos esse tempo em que vivemos é um tempo muito precioso, pois somos chamados a cooperar com essa maravilhosa atividade – a de agrupar os eleitos!
Como você tem servido o seu Senhor nessa última e majestosa tarefa – a de propagar o Evangelho?

4 – Jesus venceu a morte, ressuscitou e ascendeu à direita de Deus. Aqueles discípulos viram isso [At 1:9-11 Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles.].
Ninguém venceu a morte [Buda, Maomé, Gandhi, Kardec não venceram a morte] só Jesus Cristo, pois Ele foi perfeito! Jesus ascendeu e hoje reina! Buda não reina, nem Maomé, nem Kardec e nem o papa, mas só Cristo!
Jesus está reinando, Ele está governando e controlando todas as coisas!
Mt 28:19 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”; Ef 1:20-23  Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais, 21 muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir. 22 Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas para a igreja, 23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância; I Pe 3:22 - por meio da ressurreição de Jesus Cristo, 22 que subiu ao céu e está à direita de Deus; a ele estão sujeitos anjos, autoridades e poderes

Com a ascensão de Jesus – Ele recebeu um novo nome: o nome de SENHOR!
Fp 2:8 8E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! 9 Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Que você se prostre e se humilhe diante desse que é Senhor sobre tudo e todos.
Que você viva como um escravo de Cristo, pois se Ele é o Senhor então só nos resta servir a esse Senhor tão maravilhoso e tão justo!

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