terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte V - Marcos 13:32-37

Série de Sermões em Marcos
Título: Os Últimos Dias de [Acordo com] Jesus - Parte V - Marcos 13:32-37
Pregado na manhã de Domingo, do dia 26 de Fevereiro de 2012,
na Igreja Reformada em Campinas Soli Deo Gloria,
por Gustavo Barros

 Versão em Vídeo

Marcos 13:32-37 32 "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai. 33 Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo. 34 É como um homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que vigie. 35 Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. 36 Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! 37 O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!"

Introdução e Contextualização:

Hoje chegamos ao fim do último grande discurso de Jesus no evangelho de Marcos, antes de Sua morte. O grande foco desse discurso, como temos visto, é o cuidado pastoral de Jesus para com Seus discípulos. Nosso Senhor e Salvador está alertando Seus homens sobre a importância do cristão ter uma sã escatologia.
Muitas pessoas desprezam a escatologia pois acreditam que ela não é fundamental para a salvação. Talvez a escatologia não seja tão importante como a soteriologia, mas é inegável que a escatologia é de extrema importância na saúde espiritual do cristão. A escatologia faz parte da teologia, portanto, uma escatologia bagunçada gera uma teologia deturpada.  
Jesus passou grande parte do Seu ministério corrigindo a escatologia dos Doze, pois eles esperavam outro fim para Israel – eles esperavam um Messias glorioso e não como o Servo Sofredor; eles queriam conquistas políticas e terrenas, eles ansiavam pela salvação da nação e não espiritual. E aqui, em Marcos 13, vemos Jesus usando seus últimos momentos com os discípulos para alertá-los novamente sobre o verdadeiro fim dos tempos que viria durante todo o processo da crucificação, ressurreição, ascensão e exaltação de Jesus. 

DIVISÃO DO ESTUDO:
I – O DIA E A HORA (v.32)
II – A LIÇÃO PRINCIPAL: VIGIEM (vs.33-37)
III – APLICAÇÕES PRÁTICAS

I – O DIA E A HORA (v.32)
32 “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai.
Περ δ τς μέρας κείνης τς ρας οδες οδεν, οδ ο γγελοι ν οραν οδ υἱὸς ε μ πατήρ.

Esse é um dos versículos mais usados para atacar a divindade e a onisciência de Jesus. O problema é que o foco do ensino não está na ignorância de Jesus, mas no momento exato em que todas essas coisas ocorrerão.

O versículo 30 nos dá a resposta da pergunta dos discípulos (13:4 – Dize-nos, quando acontecerão essas coisas?). Jesus promete que a destruição do templo, isto é, a destruição de todo o sistema religioso de Israel, ocorreria nos dias daquela geração. Aqueles homens que estavam conversando com Jesus receberam a promessa de que seria ainda nos dias deles.

A questão que fica é: a resposta sobre quando será tudo isso pode ser mais específica?
A resposta é: não! Por enquanto já é suficiente saber que virá nos dias deles!

Esse discurso apocalíptico de Jesus tem todo um propósito pastoral – preparar os discípulos para o grande e terrível dia do Senhor. Jesus tem por objetivo alertá-los do que está por vir: o sacrilégio terrível, a pior de todas as tribulações, um grande julgamento e o cumprimento da gloriosa vinda do Filho do Homem.Tudo isso é prometido ocorrer durante os dias daqueles que estavam ali com Jesus.

O texto grego diz, “Mas sobre aquele dia ou àquela hora ninguém sabe – nem mesmo os anjos no céu, nem o filho, se não o pai.

AQUELE DIA’ --- μέρας – é o ‘dia’ mencionado nos versículos 17,19,20 e 24
Refere ao grande e terrível Dia do Senhor. Dia de escuridão e trevas! Sofonias 1:9-10 Naquele dia castigarei todos os que evitam pisar na soleira dos ídolos, que enchem o templo de seus deuses com violência e engano. 10 "Naquele dia", declara o Senhor, "haverá gritos perto da porta dos Peixes, lamentos no novo distrito, e estrondos nas colinas; Amós 8:9 “Naquele dia”, declara o SENHOR, o Soberano: “Farei o sol se pôr ao meio-dia e em plena luz do dia escurecerei a terra.   

AQUELE DIA” também fala sobre a salvação (Am 5:18-20; Is 2:12-19; Sf 1:7; 2:2-3).

MAS QUANTO ÀQUELE DIA E ÀQUELA HORA” é uma expressão de tempo referente a todo o processo descrito por Jesus – desde a crucificação até a exaltação de Jesus.

** Jesus não está falando sobre a segunda volta, mas sobre Sua morte, ressurreição e ascensão.

NINGUÉM SABE, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai
A ênfase está na obscuridade de se saber o tempo exato.
Pessoas tentam debater a divindade de Jesus com base nesse texto, mas muito mais do que ensinar sobre a divindade de Cristo, o foco dessas palavras está na importância dos discípulos estarem prontos e vigiando.
O foco do v.32 não é cristológico, mas sim escatológico.” (R.T. France, pg 544)

Como temos visto, o grande objetivo do discurso de Jesus é preparar os discípulos para o grande e terrível Dia do Senhor.
A encarnação de Cristo é fantástica! Como Deus, Jesus tinha autoridade para perdoar pecados, curar, ressuscitar, controlar a natureza, criar coisas e libertar as pessoas. Mas como homem, Ele sofreu todo tipo de dor [fome, sede, cansaço], ficou angustiado e cresceu em sabedoria e conhecimento. Sabemos que Ele tinha conhecimento de muita coisa que o Pai revelou para Ele, mas outras coisas Jesus não tinha o conhecimento, e isso é parte dos sofrimentos de Cristo. Ele que podia ter toda a ciência se humilhou a ponto de ter o conhecimento de apenas o que o Pai decidira. Isso tudo não mostra que Jesus não era Deus, mas sim o Seu grande amor com que nos amou – que fez que Ele sendo Deus se humilhasse para nos salvar.   

SÓ O PAI – Durante todo o sermão apocalíptico sobre o grande Dia do Senhor, Jesus enfatiza a soberania de Deus sobre todo o processo da crucificação!
Eles [e nós] precisam ser lembrados que Deus está sobre tudo e todos!

Está Jesus querendo desapontá-los? Está Jesus querendo se mostrar incompetente?
De modo nenhum! O foco principal dessas palavras é mostrar que aquele momento será tão terrível que só cabe ao Pai saber. E uma vez que eles já sabem que o grande julgamento ocorrerá nos dias deles, a grande lição ensinada por Jesus é que todos eles [incluindo Jesus] devem estar vigilantes e orando!

Até esse momento Jesus não sabia com exatidão o momento preciso da Sua crucificação. Essa ignorância pré-estabelecida pela Trindade na eternidade tinha por objetivo aumentar ainda mais as aflições de Cristo e fazer daqueles momentos a mais terrível de todas as tribulações.
Jesus sabia que como o verdadeiro Cordeiro pascal Ele precisava ser crucificado na Páscoa. Jesus tinha tudo planejado e sob o Seu controle – Ele sabia que seria traído e por quem, mas a hora exata ficou decidido que apenas o Deus-Pai saberia. É só no jardim do Getsêmani – após um intenso período de oração e súplica - que o Pai revela para o Filho que a hora havia chegado (14:41-42).

** Esse silêncio sobre o tempo exato da morte e ascensão de Jesus evita uma antecipação fanática e uma euforia que poderiam vir sobre os discípulos.

Para um cristão genuíno essas palavras nos mostram o grande amor de Jesus para com Seus discípulos: 1) o foco não está na ignorância de Jesus, mas em alertá-los de que eles devem vigiar e estarem atentos; 2) mostra quão terrível foram aqueles momentos para Jesus, que sendo Deus e totalmente soberano, decidiu que não cabia a Ele saber a hora específica do sacrilégio terrível! 

II – A LIÇÃO PRINCIPAL: VIGIEM (Vs.33-37)
33 Fiquem atentos! Vigiem! Vocês não sabem quando virá esse tempo. 34 É como um homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que vigie. 35 Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo ou ao amanhecer. 36 Se ele vier de repente, que não os encontre dormindo! 37 O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!

Como devem os discípulos de Jesus viver, em vista dessa realidade?
A palavra chave é: VIGIEM! Os discípulos devem VIGIAR!
Visto que o tempo exato do grande e terrível Dia do Senhor só cabe ao Pai saber, então só lhes resta uma coisa: VIGIAR!

Vemos que o versículo 32 está totalmente ligado ao versículo 33 e à parábola dos vs.35-37.

FIQUEM ATENTOSβλέπω –13:5,9,23,33 – Sentido de prestar atenção, olhar com todo cuidado e análise espiritual. A repetição dessa palavra aqui nos mostra que o texto está totalmente ligado.

VIGIEMγρηγορω – caçar o sono – Prestar muita atenção para que não seja pego de surpresa. 13: 34,35,37; 14:34, 37,38

VOCÊS NÃO SABEM QUANDO VIRÁ ESSE TEMPO --- Jesus mostra que o foco são eles, são eles quem precisam tomar cuidado. Eles sabem que virá nos dias deles (v.30), mas não sabem o tempo exato e específico (v.32), por isso eles devem tomar muito cuidado!

O grande propósito da ignorância sobre o tempo preciso de todo o processo de destruição da antiga ordem é: 1- evitar euforia e antecipação fanática; 2- fazer com que os discípulos vigiem!

Vs. 34-37 – Jesus conta uma parábola para enfatizar e ilustrar a exortação para vigiarem.
Mas muito mais do que só um alerta, essa parábola nos guiará durante todo o restante da história de Jesus.

O ensino principal da parábola é claro: a importância dos discípulos vigiarem!

Nessa parábola encontramos 4 períodos diferentes de tempo:
1 - À TARDE; 2 – À MEIA-NOITE; 3 – AO CANTAR DO GALO; 4 – AO AMANHECER.
Esses 4 períodos de tempo representam a divisão de tempo no império romano. As 12 horas da noite eram divididas em 4 ‘relógios’ de 3 horas.

4 VIGÍLIAS DA NOITE ROMANA:
1°) 18h ATÉ ÀS 21h – À TARDE                    2°) 21h ATÉ À MEIA-NOITE – À MEIA-NOITE
3°) MEIA-NOITE ATÉ ÀS 3h – CANTAR DO GALO             4°)3h ATÉ ÀS 6h -- AMANHECER

São esses períodos de tempo que estruturam todo o processo da Paixão de Cristo. Do capítulo 14 ao16 são esses períodos de tempo que nos guiarão na expectativa do cumprimento das palavras de Jesus. Nós passamos a observar os discípulos assistindo a tudo. Nós assistimos aos discípulos dentro da história e a tensão deles na chegada de cada período da noite.

1 – À TARDE (ψ): Essa palavra aparece em 14:17 gerando nos leitores a expectativa se a vinda do reino de Deus chegaria naquele momento. Durante o discurso, Jesus usa novamente um dos períodos de tempo [v.30 – o cantar do galo]. Mas a hora da tarde passa e nada acontece. A primeira menção foi o período da tarde, mas a destruição do templo e a chegada do Filho do Homem ainda não ocorreram! Eles celebraram a ceia e a expectativa permanece.


2 – À MEIA-NOITE (μεσονύκτιον): Apesar de Marcos não falar explicitamente a palavra ‘meia-noite’ é muito provável que o tempo no Getsêmani cubra o período da meia-noite – a segunda vigília do período da noite.
A história dos eventos no Getsêmani tem paralelos profundos com a parábola do porteiro [vigiar, encontrar dormindo].
É durante esse tempo que Jesus ora para que a ‘hora’ da pior tribulação se afastasse dele (14:35).
Os discípulos são encorajados a vigiarem [14:34,37,38] assim como na parábola em 13:33-37. Mas eles são encontrados dormindo [14:37] como proferido na parábola em 13:36.
Enquanto Jesus estava atento e vigiava em oração, passando pelo pior tempo de tribulação – o Pai O informa de que a tão esperada ‘hora’ havia chegado [14:41].
Judas se aproxima para trair e entregar Jesus [14:41-42] (paradidomi – 13:9,11,12).
As horas são tão terríveis que todos abandonam Jesus e fogem [14:50-52].
A ‘hora’ da pior tribulação e do sacrilégio terrível começa a ser executada. Mas ainda não há a chegada das trevas e nem a vinda do Filho do Homem.
Durante todo o processo Jesus volta a afirmar que eles todos veriam a vinda do Filho do Homem [14:62], reforçando assim a iminência da chegada do Reino de Deus!

Do lado de fora do julgamento nós somos informados de quão terríveis são essas horas – até mesmo Pedro nega a Jesus.

3 – AO CANTAR DO GALO (λεκτοροφωνίας): O terceiro período de tempo do qual nós somos informados é o ‘cantar do galo’. É durante esse período da noite que Pedro nega a Jesus três vezes [14:66-72].
Imagine a tensão de Pedro – e se o Filho do Homem vier durante o processo que ele nega a seu Senhor no cantar do galo?
Essa é a terceira referência ao tempo e, apesar da grande tribulação ter começado, ainda não temos a chegada do Filho do Homem.

Agora só nos resta um período de tempo: o amanhecer!
4 – AO AMANHECER (πρωί):
Esse período aparece duas vezes dividindo o cumprimento da profecia:
15:1 De manhã bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma decisão. Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.
Quando o Sinédrio entrega o Filho de Deus nas mãos dos gentios!
Pilatos entrega Jesus para ser crucificado. A hora que Jesus havia orado para que passasse chega! A hora é enfatizada: vs.25, 33, 34.
O sacrilégio terrível ocorreu. Jesus foi para a cruz e eles ainda zombam dEle (15:31-32).
Mas apesar do sacrilégio terrível e da pior tribulação terem ocorrido, ainda não temos a gloriosa vinda do Filho do Homem e a chegada do reino de Deus.
José de Arimatéia ainda estava esperando a chegada do reino [15:43].
É então que temos a segunda menção do período da manhã:
16:1-2 E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.
E é aqui que é relatado que Ele venceu a morte.
Assim como Ele havia falado que precisava sofrer e morrer para depois ressuscitar (8:31; 9:9-13, 31; 10:33-34), Jesus também havia falado que haveria um tempo de imensa tribulação seguida pela chegada do Filho do Homem.

Assim, o Evangelho termina com a exaltação do Filho do Homem, o mundo foi julgado [15:38], o sacrilégio terrível ocorreu e o reino de Deus chegou com o governo do Filho do Homem quando Ele ascende ao Pai.

MARCOS 13 NO CONTEXTO DE MARCOS:

MARCOS 13
MARCOS 14-16
PREDIZ A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO (v.2)
O VÉU É RESGADO – O TEMPLO É DESTRUÍDO TOTALMENTE (15:38)
PROMESSA DE SER ENTREGUE AOS JUDEUS E GOVERNANTES (vs.9-13)
JESUS É ENTREGUE AOS JUDEUS E AOS GOVERNANTES GENTIOS (14:10-11,18,21, 41-42; 15;1,10,15)
ENTREGUE POR IRMÃOS E PAIS (v.12)
JESUS FOI TRAÍDO POR JUDAS (14:10,20,43) E ABANDONADO PELO PAI (15:34)
O SACRILÉGIO TERRÍVEL ONDE NÃO DEVE ESTAR (v.14)
JESUS SENDO JULGADO E CRUCIFICADO
FUJAM (v.14)
OS DISCÍPULOS FUGIRAM (14:50)
NÃO VOLTE PARA PEGAR O MANTO (v.16)
UM DISCÍPULO FOGE NU (14:51-52)
OREM (v.18)
OREM (14:38)
A PIOR TRIBULAÇÃO (v.19)
OS SOFRIMENTOS INIGUALÁVEIS DE JESUS (14:32-36) – PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
VEJAM QUE NINGUÉM OS ENGANE (v.21-22)
NEGAM QUE JESUS É O MESSIAS (14:61-65)
O SOL ESCURECERÁ – JULGAMENTO (v.24)
HOUVE TREVAS NA CRUCIFICAÇÃO – O GRANDE JULGAMENTO DE DEUS VEIO NA CRUCIFICAÇÃO (15:33)
A QUEDA DAS ESTRELAS (v.25)
O RASGAR DO VÉU (15:38)
A VINDA DO FILHO DO HOMEM (v.26)
A ASCENSÃO DE JESUS (16:19-20)
REUNIR OS ELEITOS (v.27)
JESUS COMEÇA AGRUPAR OS ELEITOS (16:7,20)
PROMESSA QUE AQUELA GERAÇÃO VERIA (v.30)
OS DISCÍPULOS VIRAM (16:19-20)
A HORA ERA DESCONHECIDA (v.32)
A HORA SE TORNA CONHECIDA (14:41)
VIGIEM (vs.33-37)
VIGIEM (14:34,35,37,38)
À TARDE (v.35)
A CEIA É À TARDE (14:17)
À MEIA-NOITE
NO GETSÊMANI
AO CANTAR DO GALO
PEDRO NEGA A JESUS (14:66-72)
AO AMANHECER
JESUS ENTREGUE A PILATOS E RESSURREIÇÃO (15:1; 16:2)
NÃO SEJA ENCONTRADO DORMINDO (v.36)
OS DISCÍPULOS SÃO ENCONTRADOS DORMINDO (14:37)
                                                                                  

III – APLICAÇÕES PRÁTICAS
Olhamos para esse maravilhoso discurso de Jesus e podemos tirar várias lições práticas:

1 – A nossa segurança não deve estar nas estruturas e religiões de homens (13:1), mas nas palavras de Jesus (13:31).

2 – O templo foi totalmente destruído na morte de Jesus. É no derramar do sangue do Cordeiro que a Nova Aliança é ratificada e com isso o véu do templo é rasgado por Deus, simbolizando todo o fim da antiga ordem.

3 – Como discípulos de Jesus nós não somos só espectadores, mas participamos dos sofrimentos de Cristo. Por isso precisamos estar atentos e vigiando para não sermos levados por falsos ensinos e falsos sinais. A nossa prioridade deve ser o evangelho da cruz (13:10)!

4 – O terrível sacrilégio – Jesus sendo condenado e crucificado - e a grande tribulação – os sofrimentos de Cristo – já ocorreram.

5 – O julgamento de Deus veio no grande e terrível dia do Senhor – na crucificação de Jesus. Na cruz houve trevas, representando o julgamento de Deus em Jesus no nosso lugar; representando o julgamento de Deus sobre as nações e governos e o julgamento sobre a nação de Israel!

6 – O Filho do Homem ‘veio’ ao Pai e recebeu toda autoridade e domínio e hoje Ele reina! Ele reina e está agrupando os Seus eleitos.

Que possamos ver quão precioso é o tempo em que estamos vivendo – dias do reinado de Jesus. Quão maravilhoso é poder participar dessa especial tarefa de agrupar os eleitos de Deus.
Que possamos estar firmes na prioridade do Evangelho, cientes de que pressões virão, mas que Cristo morreu e venceu a morte para que possamos reinar com Ele!
Quão maravilhoso foi estudar o capítulo treze de Marcos com a perspectiva e a lente da cruz e exaltação de Jesus. A cruz foi o grande sacrilégio, mas o nosso Senhor foi vindicado, o Pai o ressuscitou e Jesus ascendeu à direita do Pai onde Ele reina!
Ef 1:20-23  Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais, 21 muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há de vir. 22 Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas para a igreja, 23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância;
Não só reina como também recebeu um nome que está sobre todo nome: SENHOR! Fp 2:8-11 E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! 9 Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai

Assim como na parábola de 13:34-37, nós como escravos temos a obrigação de vigiar! Que esperemos a Sua segunda volta [pois Ele voltará – At 1:10] vigiando em santidade, em oração e cumprindo nossa tarefa de agrupar os eleitos de Deus através do evangelismo [pregação da Palavra].

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